Do Presidente aos Nacionalistas | Setembro 2006
Em Agosto tive o privilégio de dar uma entrevista ao Jornal de Leiria.
Sim, privilégio! Porque não é todos os dias que a comunicação social nos trata com isenção e nos “deixa” falar em discurso directo, ou seja, na primeira pessoa. Ainda que, com uma uma certa pitada e tempêro de parcialidade e de opinião própria do órgão de comunicação social em questão, o facto é que houve espaço efectivo para a nossa voz.
Trata-se de um exemplo de honestidade jornalística; de ética profissional.
Que contraste com a maior parte da comunicação social, que nos trata como marginais! Aquela que recorre ao terrorismo institucionalizado.
Como pretendem eles ser sérios, se apenas falam de nós e não deixam que sejamos nós a falar das nossas causas e actividades? O problema é que não pretendem ser sérios. Pretendem apenas manipular, mentir, formatar…
Não sendo sérios – e sabem que não são – contam, contudo, com o facto de que muitíssima gente acredita na sua lisura, transparência, honestidade e isenção.
É caso para dizer que são culpados os desonestos que escrevem e também aqueles leitores que por simplicidade, ignorância ou preguiça mental, tomam atitude passiva e se deixam contagiar.
Os primeiros, mais culpados (muito mais!) mas os segundos também pecam por cumplicidade. Pecam por não saberem distinguir o lobo que se esconde por baixo da pele da ovelha.
Sabemos perfeitamente que a luta é desigual. Sabemos que estamos acorrentados pelas cadeias invisíveis (e por isso mais perigosas) da ridicularização, marginalização e diabolização. Sabemos que nos é vedado o verdadeiro direito de resposta e o direito ao contraditório.
Sabemos que num sistema hipócrita de dois pesos e duas medidas, levamos com as menores medidas no que respeita a direitos e com os maiores pesos no que respeita a deveres e a “culpas”.
Sabemos que os nossos recentes pedidos de audiência ao Procurador-Geral de República e aos Ministros da Administração Interna e da Justiça, cairam em saco roto; repetidamente!
Mas sabemos também, que nada, mesmo nada(!), vai quebrantar a nossa luta e a nossa determinação.
José Pinto-Coelho | 1 Setembro 2006
Envolver-se!
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