O PNR e o Jardim do Torel
O Jardim do Torel, pequeno recanto verde no coração do centro histórico da cidade, situa-se na encosta oriental da Av. da Liberdade. Delimitado pela Rua de S. José, Rua do Telhal, Calçada do Lavra e o Campo dos Mártires da Pátria, este pertence à Freguesia de S. José e goza de uma situação privilegiada, sendo um espaço de lazer acolhedor e um magnífico miradouro da nossa capital. Constituído por diversos socalcos ou patamares, ele inclui uma escola primária.
Apesar de todas estas características, estamos a falar de um jardim que está ao abandono há cerca de 20 anos. Os lagos que outrora tinham água, peixes e cisnes, estão hoje vazios. As paredes dos diversos níveis do jardim e das escadas estão pejadas de graffitis e a maioria dos canteiros mais se assemelha a matagais e baldios.
Zonas queimadas por fogueiras nocturnas, seringas e outros vestígios, juntamente com a “arte” pintada nas paredes, falam bem da invasão a que o jardim está sujeito todas as noites. Também a escola primária que se encontra no seu interior, é alvo de sistemáticas tentativas de assaltos.
O PNR, reclama a rápida intervenção para reabilitação deste espaço público como prioridade camarária, devolvendo-lhe a segurança e a beleza de modo a que possa ser bem desfrutado pelos lisboetas. Além disso, tem todas as condições para ter um estabelecimento de restauração com esplanada e para ser um local de descanso e de estudo para os estudantes da faculdade de medicina, vizinha do jardim.
Na reunião pública da Câmara Municipal de Lisboa realizada neste dia 26 de Setembro, José Pinto-Coelho colocou algumas questões ao Presidente da Câmara, António Costa e ao Vereador dos Espaços Verdes, Sá Fernandes. Questionou acerca da prioridade que este assunto merece na Câmara, acerca de quando está previsto o início das obras de reabilitação do jardim e em que consiste, em linhas gerais, o projecto existente.
Mais ainda, ofereceu à CML os serviços voluntários de jovens do partido para pintarem as paredes – cobrindo os graffitis – e limparem os canteiros, caso se preveja que o início das obras ainda esteja para demorar e se, naturalmente, se garantir que o jardim não será novamente invadido de noite…
O vereador Sá Fernandes, concordando com as observações feitas em relação ao estado de degradação do jardim, garantiu que as obras terão início no próximo ano (2008), não especificando contudo, se isso significa Janeiro ou Dezembro… se estamos a falar de poucos meses ou de mais de um ano de espera. Quanto à nossa proposta de serviço à cidade… não se pronunciou.
Brevemente iremos solicitar audiência ao vereador Sá Fernandes para satisfação integral destas questões mais ao pormenor.