Conferência Internacional de Organizações Nacionalistas | Tóquio 12-16 Agosto 2010
Por convite da associação patriótica japonesa Issuikai, uma vasta delegação de partidos nacionalistas da Europa, marcou presença em Tóquio, a fim de reforçar laços políticos e antecipar, desde já, a configuração de uma vasta aliança internacional face à Nova Ordem Mundial.
Nas excelentes instalações de uma conceituada unidade hoteleira da capital, reuniram-se representantes de formações nacionalistas com assento no hemiciclo de Estrasburgo, nomeadamente da Frente Nacional francesa, Vlaams Belang (Bélgica), FPO (Áustria), BNP (Inglaterra), Jobbik (Hungria), Ataka (Bulgária), para além de delegações da Ucrânia e Portugal.
A participação portuguesa esteve a cargo do Vice-Presidente e Responsável das Relações Externas do PNR, Pedro Frade, cujos sólidos vínculos pessoais – muitos dos quais de há duas décadas – com a maioria dos eurodeputados presentes, contribuiu para incrementar ainda mais, o clima de sã camaradagem que pautou o decorrer das jornadas.
Datam de Março de 2003, os contactos entre o PNR e a associação anfitriã, quando delegações dos dois países se encontraram pela primeira vez em Nice, por ocasião do congresso comemorativo do 30º aniversário da FN de Jean-Marie Le Pen. Adversário resoluto do mundialismo, o movimento fundado em 1972 e presidido actualmente por Kimura Mitsuhiro, tem presença regular nos principais órgãos informativos japoneses. Partidário de uma diplomacia visceralmente independente em relação aos EUA, condena com veemência a actual ocupação do Iraque e do Afeganistão e, em simultâneo, renega a ideologia eco-mundialista simbolizada pelo protocolo de Kyoto. Anualmente presta homenagem ao escritor Yukio Mishima, figura de proa do nacionalismo japonês do pós-guerra.
Sessão de trabalho de 12 de Agosto de 2010
A cerimónia de abertura teve lugar a 12 de Agosto, assinalada pelo eloquente discurso pronunciado por Jean-Marie Le Pen, apelando à união de todos os nacionalistas, prosseguiu-se com a intervenção em japonês, de teor similar, por Bruno Gollnisch, Vice-Presidente do mesmo partido, o qual domina com mestria o idioma nipónico.
De salientar que tanto o eurodeputado húngaro Bela Kovacs como o britânico Adam Walker efectuaram alocuções fluentes nesta língua.
A primeira jornada de trabalho, foi consagrada à exposição sumária da realidade política, económica e social de cada nação representada na conferência, bem como de um breve historial da respectiva força política, cabendo ao enviado do PNR discorrer sobre as matérias tocantes ao nosso país, perante uma plateia atenta, composta essencialmente por catedráticos e estudantes universitários.
A assistência por inúmeras vezes teve oportunidade de interpelar os oradores, contando para isso, com a moderação de um mediático jornalista japonês, presente para o efeito.
Não obstante a diversidade de origens geográficas dos presentes, os conferencistas foram unânimes em apontar o dedo acusador ao mundialismo apátrida, como feroz ameaça às soberanias nacionais.
Le Pen com o célebre artista nipónico Toshu Fukami
Entre os oradores locais, digna de registo a presença do conceituado escritor japonês Toshu Fukami, que brindou a plateia com vibrantes intervenções de cariz patriótico. Artista consagrado em diversas áreas, autor de vasta colectânea de êxitos literários, empresário de renome e generoso filantropo, Fukami é um nacionalista convicto.
Na manhã seguinte, o carismático presidente da Frente Nacional francesa, foi alvo de uma sentida homenagem por parte dos anfitriões nipónicos, fruto do longo combate protagonizado em prol do nacionalismo e do apoio que prestou à escala mundial, a movimentos políticos deste pendor.
Na ocasião, Le Pen pronunciou uma empolgante alocução que cativou a assistência, ao longo da qual o líder histórico da FN, traçou uma retrospectiva do seu extenso percurso político.
Esta intervenção, culminou numa animada troca de impressões com os presentes que lotavam por completo o anfiteatro, possibilitada pelo exemplar serviço de tradução simultânea.
Alguns dos participantes da Conferência internacional de organizações nacionalistas em Tóquio.
Pedro Frade, do PNR, é o 5º a contar da esquerda.
Os debates dessa tarde contribuíram para um melhor entendimento, entre as delegações do continente europeu e os nacionalistas nipónicos, no que concerne à situação política das respectivas zonas geográficas.
Com efeito, os patriotas oriundos do velho continente, expuseram a sinistra natureza burocrática da União Europeia, sem olvidarem as consequências de uma imigração massiva, que constitui uma grave ameaça à identidade e aos costumes enraizados há séculos em cada um dos seus países. Por seu turno, os oradores japoneses colocaram ênfase na espinhosa situação geopolítica, geoestratégica e diplomática da sua nação face aos Estados Unidos da América.
Kimuro Mitshuhiro lê a declaração comum em japonês. Ao lado de Bruno Gollnisch, o eurodeputado austríaco Andreas Molzer, proprietário do semanário Zur Zeit.
A esta série de intervenções sucedeu-se a leitura em três línguas, de uma declaração conjunta em japonês, inglês e francês, respectivamente por Kimura Mitsuhiro, Adam Walker e Bruno Gollnisch e por fim, Suzuki kunio, primeiro presidente da formação anfitriã, pronunciou o discurso de encerramento das jornadas.
Os trabalhos desse dia, foram concluídos com uma conferência de imprensa, que contou com a presença de jornalistas europeus, japoneses, coreanos e americanos, atestando assim o assinalável interesse suscitado por um evento qualificado de histórico segundo alguns observadores.
O terceiro dia da visita, teve como ponto alto, a deslocação ao santuário Yasukuni, a qual despoletou viva curiosidade, inclusive por parte de transeuntes e comerciantes locais, mercê da enorme cobertura mediática que logrou obter.
Na ocasião, à comitiva oficial aguardada por dezenas de jornalistas, somaram-se vários simpatizantes da Frente Nacional, pertencentes à comunidade francesa residente em Tóquio, os quais, inteirados da.presença de Le Pen na cidade, não quiseram perder oportunidade para saudarem o líder do seu partido.
Símbolo vivo da reconciliação nacional, – que atrai anualmente cerca de cinco milhões de visitantes – visa prestar homenagem a todos quantos tombaram pela pátria. Abriga as almas de mais de 2.466.000 japoneses falecidos em combate pelo seu país, entre 1853 e 1945, independentemente do estatuto social ou da posição ocupada na hierarquia militar. Naquele local todos são venerados de forma similar.
Nessa mesma noite, a bordo de uma embarcação tradicional que percorreu a imensa baía de Tóquio, e após um animado jantar em que foi possível degustar a sofisticada gastronomia japonesa, os presentes contemplaram um monumental espectáculo pirotécnico que, durante mais de uma hora, iluminou os céus da capital.
Visita ao templo de Asakusa
Em 15 de Agosto, duas visitas de cariz cultural marcaram o término da visita oficial dos delegados dos partidos nacionalistas europeus ao país do Sol nascente. Em primeiro lugar, ao santuário Asakusa que, por milagre, escapou intacto aos bombardeamentos americanos de 1945, e posteriormente ao santuário em honra do Imperador Meiji, onde após a celebração do tradicional ritual xintuista, os representantes de cada nação procederam à assinatura do livro de honra.
Em claro antagonismo ao estereótipo propalado pelos nossos detractores, a corrente nacionalista, respeitadora das distintas realidades culturais existentes no planeta, constitui um pólo aglutinador de todos quantos se batem pela preservação da identidade das suas nações face ao gigantesco rolo compressor do mundialismo apátrida.
Assim, a consolidação de laços humanos e políticos entre os membros das diversas delegações, resultante destas jornadas, permite antever com optimismo, a futura criação de uma solidariedade a nível mundial entre formações patrióticas.