Este discurso não chegou a ser proferido, visto as autoridades terem-no impedido e logo detido e identificado o nosso Vice-Presidente, João Pais do Amaral. A ler e divulgar!

Amigos, camaradas Nacionalistas!

Hoje estamos aqui reunidos em Olivença com uma tripla função:

Prestar homenagem àqueles que, em 1640, disseram não ao domínio espanhol e agiram em conformidade, libertando-nos do mesmo;

Relembrar que Olivença ainda é e sempre será terra Portuguesa;

E, não menos importante, demonstrar, através do exemplo de Olivença, qual poderá ser o resultado para Portugal se continuarmos a ser governados por traidores a soldo de interesses estrangeiros, que não respeitam nem Portugal nem os portugueses.

Tal como acontecia em 1640, o resgate de Portugal é uma gigante tarefa, que fomos incumbidos de fazer cumprir, e à qual estamos ajuramentados por um sentimento de revolta, inconformismo e compromisso.

Hoje, como há quase 400 anos, estamos sob ocupação estrangeira, e com sucessivos governos compostos por traidores que parecem estar empenhados em ficar para a História como os coveiros da Pátria e, tal como aconteceu no passado, também estes estão rendidos a interesses pessoais e agendas que nada têm que ver com Portugal e os Portugueses.

Sim, não será fácil, as frentes de luta são imensas e os meios para o combate escassos, mas enquanto houver vontade e um punhado de Portugueses (como em 1640) que estejam acompanhados de uma sensação de dever permanente e uma inquietude constante de que este é o nosso dever, Portugal e os Portugueses não irão perecer.

Quero também lembrar que Olivença está ilegalmente ocupada militarmente por Espanha desde 1801 e que esta mesma Olivença foi uma das primeiras povoações que, em 5 de Dezembro de 1640, aclamaram D. João IV como seu legítimo soberano, passando então a identificar-se com a divisa outorgada pelos Reis de Portugal: Nobre, Leal e Notável Vila de Olivença!

O PNR hoje está mais uma vez a fazer História como sendo o primeiro partido político a realizar oficialmente as comemorações do 1º de Dezembro em Olivença, terra Portuguesa.

Relembramos  que esta também é uma luta nossa, apesar deste governo (com a conivência dos restantes partidos do sistema) não declarar este dia como feriado, numa clara e sistemática tentativa de apagar o passado e honrar todos aqueles que deram a vida pela Pátria. Mas nós não baixamos a nossa voz e os nossos estandartes. Nós não somos a massa amorfa de cidadãos-carneiros que eles querem criar. Nós, citando Évola, “permaneceremos de pé entre as ruínas”.