Discurso de Philippe Atgé no Dia de Portugal
Estamos aqui reunidos para celebrar o dia 10 de Junho, dia que marca o aniversário da morte de Luís de Camões e que celebra Portugal como nação.
O mesmo Camões, na sua grandiosa obra dos Lusíadas, disse dos Portugueses, que somos filhos de Luso, por sua vez, filho do deus Baco, deus do vinho e da fúria; referiu, por essa imagem que traçou de nós, que, de certa forma, somos também filhos do vinho e da fúria e que temos por destino destino ultrapassar os feitos dos grandes impérios que nos precederam Portugal: helenos e romanos.
Hoje, 440 anos depois da morte de Camões e perto de nove séculos após a fundação de Portugal, carregamos sobre os ombros o peso da responsabilidade desta História gloriosa, feita de garra e fúria, desde a reconquista aos mouros, à civilização que levámos aos cantos mais remotos do mundo. E como referiu, também, o nosso grande Fernando Pessoa, falta cumprir-se Portugal. É nessa missão que temos de nos empenhar!
Mudaram-se os regimes e os governos, e a forma como apelidamos este dia 10 de Junho – do dia da Raça ao dia das Comunidades Portuguesas -, mas a sua essência perdura: essa linhagem de sangue e de herança que nos liga à fundação do país e que define Portugal.
Para nós jovens, quando preparamos o futuro – e nos nossos momentos de dúvida – devemos lembrar aquela sabedoria antiga que dizia que não aprenderíamos mais em quarenta anos de vida do que ao olhar para os mil anos de História que nos precedem. Aquilo que já foi, será. Os feitos heróicos dos nossos antepassados têm eco em nós e a força deles está no nosso sangue, quente e valente. Contemplemos, então, a nossa História e usemos do seu peso como a nossa maior força, tirando desta os ensinamentos para os próximos quarenta anos da nossa vida.
Viva Portugal!
Envolver-se!
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