Anda tudo a “Roblar”
O Bloco de Esquerda, para fazer esquecer o caso Robles ou para branquear a quinta da Catarina, tirou da cartola um novo imposto que, segundo a extrema-Esquerda, iria combater a especulação imobiliária. Sem explicarem bem o que é que é a especulação imobiliária, porque para a Esquerda e extrema- Esquerda, alguém que ganhe um euro num negócio já é um alvo a abater, conseguiram que quase todos os partidos do sistema os seguissem na caça aos especuladores imobiliários; excepção feita ao PAN, talvez porque as casotas não estejam ainda afectadas e ao CDS, distraído a apanhar beatas numa praia qualquer de Portugal.
Esqueceram-se ou não sabem que a venda de imóveis já é taxada conforme a mais-valia, pelo que, conforme o lucro, maior é o valor cobrado. Não percebem que a bolha imobiliária só existe em Lisboa e Porto e que na generalidade do resto do país, de uma forma ou de outra, não se faz sentir.
Não compreendem que, perante as dificuldades que hoje se apresentam a quem quer investir, quer pela burocracia para criar uma empresa, quer pela perseguição que é feita aos empresários pelo fisco, segurança social, ASAE e outras entidades, é natural que muitos portugueses preferiram empregar as suas poupanças num produto que lhes dá retorno rápido e seguro.
No entanto, o mais preocupante e caricato prende-se pelo facto de todos esquecerem ou omitirem algo que vem até no mais modesto manual de economia. Explico! A especulação imobiliária combate-se com mais oferta: quanto maior é a oferta mais baixam os preços. A especulação imobiliária combate-se com mais habitação social para quem trabalha. A especulação imobiliária combate-se com juros mais baixos conforme o agregado familiar. A especulação imobiliária combate-se empregando os milhões que vão dar para uma mesquita na compra ou recuperação na zona histórica de Lisboa.
Envolver-se!
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