Discurso de João Martins no Dia 10 de Junho
João Martins, da Associação Cultural Portugueses Primeiro, discursou na “Festa da Nacionalidade” do PNR e apelou à luta, unidos em torno do partido, fazendo dele mais do que um escudo protector contra o inimigo, uma espada apontada ao seu coração.
Camaradas!
Agradeço antes de mais à Comissão Política Nacional do PNR o convite para endereçar umas quantas palavras a todos quantos estão aqui presentes por ocasião da celebração de mais um 10 de Junho, Dia de Portugal, nossa Mãe-Pátria.
Este é um dia tradicionalmente de expressão patriótica e nacionalista, porquanto assinala uma data eminentemente de recordação daqueles, nossos antepassados, e por conseguinte nossos familiares, que, através de esforços e sacrifícios, não poucas vezes entregando a própria vida, escreveram a vermelho-sangue as mais nobres páginas da História da nossa quase nove vezes secular Nação, permitindo, com o seu heroísmo, que hoje possamos continuar Portugal e, citando o poeta maior, sentirmos “o peito ilustre lusitano”.
Dia de homenagem é, portanto, o 10 de Junho, no qual temos o dever de evocar “aqueles que por obras valorosas se vão da lei da morte libertando”. A esse propósito quero chamar à vossa memória o desaparecimento físico no começo deste ano do Capitão Luís Fernandes, meu querido camarada a quem tive o privilégio de poder chamar amigo, um Herói Nacional não reconhecido pelo Poder instituído, o que apenas o enobrece ainda mais, um fervoroso nacionalista da primeira hora e que assim se manteve fiel até ao seu derradeiro suspiro. Realizemos aqui e agora uma sentida homenagem a este Portugal-Velho, entenda-se, o exemplo pronto de um homem de coragem e de lealdade. Após invocar o seu nome, todos em uníssono gritem um sonoro e imperioso “Presente”!
Camarada Luís Fernandes!…
Se o dia 10 de Junho se traduz essencialmente, como referi, na recordação e na homenagem aos nossos heróis, este é igualmente uma jornada de afirmação nacionalista, motivo pelo qual esta emblemática praça está hoje repleta de valorosos nacionalistas provenientes dos quatro cantos da nossa terra.
Acabados de sair de um processo eleitoral, é um facto que os resultados do nosso partido ficaram muito aquém do desejado e do necessário tendo em conta o superior interesse do nosso país. Porém, tal não nos deve desanimar, mas antes consciencializar que se impõe redobrar os esforços até agora encetados.
Não obstante o enorme número de dificuldades que enfrentamos e, em consequência disso, com a falta de meios indispensáveis, acredito que podemos estar bem com a nossa consciência. Encontramo-nos até onde foi possível chegar, mas tal não quer dizer que fomos até onde poderíamos ter ido. Os ventos de mudança sopram forte por essa Europa fora e não tardarão a fazer-se sentir aqui. Sabemos bem que estamos hoje mais perto do nosso objectivo último; o resgate dos portugueses e o ressurgimento de Portugal, enquanto povo realmente livre das perniciosas quimeras liberais e esquerdistas e enquanto país efectivamente soberano e independente.
Contudo, se o futuro é de vitória, o presente é de luta!
Em nove séculos de história, Portugal inscreveu-se no concerto das nações através da luta, a luta aquando da fundação da nacionalidade, a luta contra os muçulmanos, a luta pela independência, a luta na obra dos Descobrimentos e expansão ultramarina, e mais recentemente a luta contra a anti-nação.
Cientes que somos filhos de um povo de santos e mártires, guerreiros e heróis, mergulhemos mais na lição da nossa história, na contemplação da nossa grandeza e no culto da Portugalidade. Animados e extasiados pelos exemplos dos nossos maiores, afirmemos Portugal – isto é, o nacionalismo – na família, nas escolas, nas universidades, nos quartéis, nas fábricas, nos campos e na vida pública.
Novas lutas se avizinham. Preparemo-nos pois então, intensificando a nossa militância e activismo, projectando o PNR como a única expressão política dos portugueses que não se rendem porque portugueses querem continuar a ser. Façamos do nacionalismo, através do PNR, não apenas um escudo de Portugal, mas principalmente uma espada apontada ao coração daqueles que pretendem dissolver o nosso povo e a nossa terra. Uma espada em defesa da justiça social, contra uma governação ao serviço da banca. Uma espada em defesa da nossa identidade etno-cultural, contra a imigração de substituição. Uma espada em defesa da família, contra a ideologia de género e suas metástases. Uma espada em defesa das nossas raízes e tradições, contra a uniformização made in USA. Uma espada em defesa de uma economia de bem comum, contra uma economia dos particularismos egoístas.
Por Portugal e mais nada! Seja este o nosso grito que anima esta vibrante chama que arde intensamente nos nossos corações, a chama do nosso partido, a chama inextinguível do Portugal eterno!
Envolver-se!
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