Discurso do Presidente do PNR no Dia 10 de Junho
Caros amigos, Nacionalistas e Patriotas,
Passadas as eleições europeias e à vista das legislativas há que reconhecer que o panorama em Portugal, ao contrário daquele se vê em alguns países europeus, não é animador. Continuamos assombrados pela esquerda que ameaça destruir o que resta do Estado e de Portugal, com orientações político-económicas e sociais absolutamente irresponsáveis, destruidoras, de terra queimada e fuga para a frente rumo ao abismo.
Entretanto, é cada vez mais evidente a distância e desconfiança dos portugueses face a essas políticas e a estes políticos. Mas é de lamentar que esse desinteresse se traduza por um mero “voltar de costas”, através da abstenção maciça às eleições deste regime que se gaba de as ter “conquistado” para os portugueses. Mas, curiosamente, estes estão-se nas tintas para elas e para a classe dirigente, medíocre, gatuna e mentirosa.
Porém, muitos portugueses começam a abrir os olhos e cabe-nos, por isso, continuar a lutar com todas as nossas forças, por transformar esse descontentamento, de resistência à participação política, que não tem quaisquer efeitos práticos, numa nova atitude política, decididamente expressa nas urnas, através de uma oposição afirmativa e consequente a todas as quadrilhas políticas, ao cartel dos partidos de poder e às ideologias dominantes que tudo monopolizam desde há décadas.
O combate à esquerda radical e á esquerda socialista que nos domina nunca poderá ser feito pela social-democracia e pela “direita dos interesses” como um eterno “mal menor”. Isso é adiar-se e agravar-se o problema, mudando o poder de umas mãos traidoras descaradas para outras dissimuladas. A opção não pode também residir em partidos que têm surgido como cogumelos, geralmente por birras pessoais e ego monumentais; apresentam-se com sendo novidade e com nova roupagem, mas que em boa verdade também eles fazem parte do sistema – bem visível nos sinais: outdoors intactos, constante visibilidade mediática, etc. – e também eles se integram na teia dos interesses globalizantes. A verdade é que todas essas forças políticas que têm dominado o Estado estão a trair os portugueses e a arruinar o a nossa Pátria!
Apenas o PNR tem estado sempre aqui para lhes dizer: não! Mas não nos reduzimos a uma atitude simplesmente negativa! Pelo contrário, o PNR sempre foi afirmativo e sempre apresentou ideias alternativas e propostas claras. E hoje quero aqui manifestar claramente três grandes vectores que devem nortear a acção política da Direita Nacional que somos:
Primeiro: a defesa da identidade política nacional – na fidelidade à nação portuguesa e à nossa realidade cultural – como forma de garantir a defesa de uma integridade e harmonia sociais. Não basta defendermos a identidade apenas como ideia, mas antes, temos de lhe dar corpo através de políticas concretas. Temos de saber reconhecer e defender a “impressão digital” nacional, sem a qual seremos diluídos e esmagados pelo rolo compressor do globalismo. Não queremos uma nação isolada – nunca tal defendemos – mas temos de saber de onde viemos, em que ponto nos encontramos e para onde queremos ir. Sem História nem memória, sem identidade nem integridade, não teremos futuro.
Em segundo lugar, propomos novas perspectivas político-sociais realistas, libertas da “Ideologia de Abril”, da sua demagogia e ilusões utópicas, dominadas pelo socialismo tóxico, pelo marxismo cultural e pela corrupção generalizada! Por isso é de extrema necessidade a presença do PNR na Assembleia da República! A participação dos portugueses na política e a representação nacional têm de ser requalificadas e libertas do poder das oligarquias manipuladoras! Para isso, também o PNR tem propostas claras de revisão do sistema político partidário e do sistema eleitoral.
O terceiro vector passa pelo relançamento da nossa vitalidade. Desde logo a biológica, como forma de combater o inverno demográfico; familiar, assegurando a estabilidade da estrutura base da sociedade; produtiva, sendo indispensável para a nossa maior independência externa. Queremos uma comunidade que tem de fazer da natalidade, da juventude, do repovoamento do interior e do incentivo à iniciativa privada, através do apoio às micro, pequenos e médios empresários, factores de confiança no futuro. E tornar a formação cultural das novas gerações uma promessa de desenvolvimento integrado, para preservar os portugueses mais qualificados da necessidade de sair da Pátria para realizarem sua vida profissional e pessoal!
Nós temos as ideias e o discurso consequente e alternativo, falta-nos uma grande força nacional que mobilize politicamente a insatisfação e a revolta perante o sistema instituído! Uma força que mobilize os eleitores que têm assumido na abstenção a sua forma de protesto. Mas num país manifestamente apático, onde as tentativas de demonstração de descontentamento ou afirmação de causas não mobilizam, ao contrário do futebol, basta ver o fracasso dos coletes amarelos, a título de exemplo, isso é uma demanda terrivelmente difícil.
Mas nós, que acreditamos nestas causas e amamos a Pátria, ao contrário de alguma vez desistir, tudo temos feito e faremos no sentido de propor aos portugueses uma Renovação Nacional que inclua todas as grandes prioridades: nacionais, sociais, culturais e políticas, – pelo nosso futuro!
Viva o PNR! Viva Portugal!
Envolver-se!
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