1º de Maio de 2006 | Discurso do Dirigente da JN – Emanuel Guerreiro
Caros camaradas,
Estamos hoje aqui reunidos para comemorar o dia do Trabalho Nacional.
Comemoramos este dia, não baseados na luta de classes e na divisão dos que constituem a nossa nação, mas sim no espírito unificador de todos os agentes do trabalho, desde o proletariado ao patronato. Devemos unir todos os elementos do trabalho e da nação num desígnio comum.
Essa é, a verdadeira essência do nacionalismo!!
Apoiamos os trabalhadores que não detêm os meios de produção, assim como todos aqueles que possuem um espírito empreendedor.
Espírito esse, que resulta em postos de trabalho e na dinamização da nossa economia.
A nossa mensagem dirige-se tanto ao operário, confrontado com a invasão do mercado de trabalho por parte de imigrantes do terceiro mundo, como ao pequeno empresário, sobrecarregado por impostos e pela concorrência desleal das multinacionais estrangeiras.
Hoje, é igualmente um dia de reflexão. Um dia que incide na falta de cumprimento de promessas por parte, não só deste governo, mas de todos os outros que lhe antecederam. O que os políticos deste regime fizeram até agora é querer curar um cancro com aspirinas, num sistema em que a lógica do trabalho está completamente pervertida.
Não é de aspirinas que os jovens trabalhadores portugueses necessitam mas sim de uma transmutação do próprio sistema de trabalho.
Meio milhão de portugueses estão desempregados, entre os quais 42 mil são jovens licenciados, tendo esse número aumentado 18,6% no ano passado. Os jovens desempregados licenciados são mais de 75 mil!! Se acrescentarmos aos inscritos os jovens desempregados devido ao fim de acções de formação profissional e os ex-estudantes, estes números ascendem consideravelmente.
São estas as consequências da não valorização do esforço na formação dos jovens portugueses e a falta de eficiência das políticas de educação e formação dos nossos jovens.
Querem que vejamos o emprego não como um direito mas sim como um privilégio, no entanto a precariedade laboral é actualmente a primeira causa do desemprego entre os jovens portugueses.
A Juventude Nacionalista exige o fim das situações de trabalho precário que levam milhares de jovens portugueses a submeterem-se a condições que não os permitem terem perspectivas de futuro.
Exigimos também um acesso mais fácil aos jovens trabalhadores portugueses que procuram o seu primeiro emprego.
O Estado tem de intervir nesta matéria, instituindo normas onde haja preferência pelos jovens trabalhadores nacionais no ingresso no mercado de trabalho, concedendo benefícios fiscais a empresas que empreguem jovens portugueses.
Deve igualmente criar e impulsionar escolas profissionalizantes e postos de trabalho para os jovens sem que isso implique a substituição de trabalhadores de outras faixas etárias que se encontrem no activo. Deve intervir ao serviço dos jovens operários portugueses, ao mesmo tempo que deve aprovar legislação que não coloque os jovens assalariados ao abrigo de situações de exploração, por parte do patronato, assegurando sempre a igualdade de oportunidades e uma valorização do trabalho permitindo aos mais empreendedores constituir empresas.
Como jovens nacionalistas, exigimos a prioridade do jovem trabalhador nacional, e como tal não aceitamos a substituição de jovens trabalhadores portugueses em detrimento de jovens imigrantes que ocupam milhares de postos de trabalho implicando uma baixa de salários e a diminuição dos direitos laborais e sociais.
A Juventude Nacionalista estará sempre ao lado dos jovens trabalhadores portugueses e combaterá por uma verdadeira política social de trabalho, para que a juventude da nossa nação possa finalmente ter um futuro melhor.
Viva os jovens trabalhadores portugueses!
Viva a JN!
Viva Portugal!
Envolver-se!
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