Radares | Roubar o automobilista para tapar o buraco financeiro
Os radares que ontem entraram em funcionamento estão a “caçar” cerca de 200 multas por hora. Como se sabe, a multa pode chegar, no limite, aos 240 contos (1200 euros). O que é isto senão roubar os automobilistas?
Não pode ser o automobilista a ajudar a tapar o buraco financeiro que os políticos incompetentes criaram; eles mesmos, responsáveis pelo saque à Câmara de Lisboa e pelo estado calamitoso em que ela se encontra.
Com que lógica se aplicam limites de velocidade perfeitamente irreais esperando que estes sejam cumpridos? Esta é uma segunda forma de caça à multa.
Não se trata de caça no sentido de apanhar de surpresa, sem pré-aviso, mas no sentido de impor regras que dificilmente são cumpridas e onde a distracção facilmente faz ultrapassar o tal limite absurdo.
Eixos rodoviários de duas faixas de circulação, largos, com boa visibilidade, quando percorridos a 50 km/h é como se o automobilista estivesse parado. É irreal!
Algum governante cumpre isto, ou faz o seu motorista cumprir?
A lógica deve ser a da batata, neste caso da bicicleta, os senhores doutores dos motoristas e carros de alta cilindrada, pagos pelo erário público, primeiro empurraram os lisboetas para a periferia, e agora querem obrigá-los a vir de bicicleta para o trabalho. Haja decoro!
Para se sanear as contas da Câmara é imperativo cortar já nos tachos, nas mordomias, nos empregos para pessoas com cartão do partido, nas verbas gastas para fins sectários, e nunca indo ao bolso do cidadão.
Com o PNR na Câmara os radares seriam para acabar!