Quem faz política em Portugal? Quem discrimina quem?
A política em Portugal ‘faz-se’ por jornalistas e editores. São eles que escolhem quem aparece, quem tem posições políticas, quem tem opinião e, em última análise, decidem qual opinião.
Os exemplos que trazemos são elucidativos. O PNR – Partido Nacional Renovador – anunciou o seu cabeça-de-lista a 3 de Dezembro de 2008. Esse comunicado, tal como tantos outros, foi enviado para todas as redacções e agências de comunicação. Nenhum jornal divulgou esse facto, tal como acontece invariavelmente às restantes posições assumidas pelo PNR. Ontem, novamente mais do mesmo. O PNR enviou o comunicado sobre o protesto relativo às eleições europeias a todos os orgãos de comunicação social. A Lusa, inclusive, redistribuiu-o como faz habitualmente por todos os jornais e televisões. As edições online do Portugal Diário e Diário de Notícias foram os únicos (entre os milhares de jornais nacionais e regionais) que, até agora, fizeram menção, de forma tímida e atabalhoada no meio de um extenso artigo sobre os vários partidos, à posição assumida pelo PNR. Já o Expresso online, o tal que anda em campanha abrilina que diz que “Portugal é de todos”, também publicou artigo sobre a discriminação aos partidos sem representação parlamentar mas ignorou completamente o PNR.
E assim se vai fazendo política em Portugal, determinada por alguns, poucos, que controlam os meios de comunicação social e decidem quem tem opinião, e qual opinião. Quanto ao Expresso, e ao PNR, já não é novidade, e para que fale no PNR só teremos de aguardar sobre um qualquer caso que nada tenha a ver com o PNR mas que o Expresso, como sempre, fará questão de associar ao partido.
Tudo isto no mesmo dia em que o relatório do Ministro da Administração Interna, Rui Pereira faz questão de associar o PNR a grupos extremistas, violência, criminalidade, como se a criminalidade violenta que grassa de norte a sul do país (e sobre a qual Rui Pereira tem, efectivamente, responsabilidades), tivesse algo a ver com a actividade política, legal e de postura irrepreensível do PNR, e que a TSF (ao contrário do tema “PNR/europeias”) fez questão de reproduzir.
Elucidativo da podridão é dizer pouco.
Envolver-se!
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