Do Presidente aos Nacionalistas | Outubro de 2010
“Vais ser candidato? Mas… não se fala de ti!”.
“Tenho cinco assinaturas em casa, mas não enviei, porque pensava que já não concorrias.”
Estas são comentários reais que ouvi, apenas no espaço dos últimos dias.
Embora “não pareça”, sim, sou candidato às “Presidenciais” de 2011! É verdade: no dia 10 de Junho, anunciei a intenção de me candidatar, mas o eco dado pela comunicação social foi mínimo. O serviço público, esse, nem uma notícia até hoje: um nojo!
É tarefa surrealista e mesmo estóica, a de se concorrer contra, ou pelo que quer que seja, neste estado de coisas em que a infâmia e injustiça são quem mais ordena.
Enquanto, por um lado, se estendem autênticas passadeiras aos candidatos do sistema, já para este outro – português como os outros, filho de Deus como os outros, preenchendo os requisitos legais como os outros – são-lhe sistematicamente negados os mais elementares direitos, apenas pelo “pecado” de ser Nacionalista e contra o sistema que nos domina.
E seria insuportável o argumento cínico de que não se fala na minha candidatura por não ter ainda as 7.500 assinaturas necessárias, pois nenhum outro as tem, nem tão pouco formalizou a candidatura no Tribunal Constitucional. E no entanto, todos são levados ao colo pela comunicação social, desde a primeira hora, opinando constantemente sobre tudo e nada e sendo notícia habitual. Até chega a ser notícia de telejornal a recolha de assinaturas na rua, por parte de um dos candidatos. Vi-a eu há escassos dias!
É o totalitarismo democrático no seu melhor. Uma vergonha!
De facto, este regime, sujo até à medula, está a desempenhar bem o seu papel habitual, que consiste em iludir os ingénuos, vendendo-lhes a ideia de que há liberdade e igualdade de direitos e oportunidades, mas na verdade, pratica a pior e mais profunda censura: a dissimulada!
Assim, os ingénuos, que ainda acreditam neste regime nauseabundo e nos seus protagonistas – e que por isso, em última análise, têm o que merecem – são os tais que comentam com ar meio infantil: “Pensava que já tinhas desistido… Nunca mais se ouviu dizer nada…”
Não! Não desisto: nunca! Poderei não vencer, mas tentarei até morrer! Desistir é trair; é perder sem lutar; é perder sem Glória nem Honra.
É justamente porque se desiste perante as inegáveis dificuldades e as inqualificáveis injustiças, que os inimigos da Pátria nos dominam. E quanto mais gente desiste e mais vezes o fazem, mais duro se torna o terreno de quem teima em nunca desistir por aquilo em que acredita.
E eu não desisto… antes, resisto e insisto: por Portugal, e mais nada!
José Pinto-Coelho | 3 de Outubro de 2010
Envolver-se!
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