Local [Coimbra] | Queremos o nosso Metro
O projecto do metro ligeiro de superfície no distrito de Coimbra, que serve os Concelhos de Lousã, Miranda do Corvo e Coimbra, já tem mais de três décadas e, após avanços e recuos, obteve finalmente luz verde do Governo.
As obras avançaram e foram arrancados os carris da antiga Linha da Lousã. Depois disso, o Governo gerou um cenário de indefinição quanto ao futuro do projecto. E aquilo que ao princípio pareciam suspeitas em torno de um processo muito pouco claro, tornam-se agora evidências: está tudo parado por ordem do Governo!
Muitas questões que envolvem este processo, merecem ser colocadas.
Que dizer das expropriações selvagens efectuadas ao longo da linha? Dos logradouros de prédios cortados ao meio? Das garagens deitadas abaixo? Das linhas ripadas para sul ou para norte, consoante o gosto do freguês? Muito dinheiro se tem esbanjado ao contribuinte!
Porque motivo, correram os processos de expropriação no Tribunal Central Administrativo em Lisboa e não nas Comarcas da Lousã ou de Coimbra?
Isto, já para não se falar das alterações do traçado da linha desde S. José a fim de passarem por algumas urbanizações da Solum e culminar em frente ao Dolce Vita, a contento de empresários e empreiteiros, que venderam os seus andares a preços de especulação. Um caso por certo a merecer a atenção das autoridades competentes.
Não se compreende, também, o abandono da actual bitola dos carris, que, desligando-nos da rede ferroviária nacional, destrói-se, 100 anos depois, o legado do Caminho de Ferro, que no passado permitiu a Miranda do Corvo e à Lousã darem o salto em frente.
Sem Comboio, e sem Metro de superfície, irão os transportes alternativos resolver a situação? Não!
O Metro de Coimbra é uma obra estruturante para os Concelhos de Coimbra, Miranda do Corvo e Lousã, servindo centenas de trabalhadores, estudantes e demais população para quem este é o único meio de transporte. Iria também servir para desviar muito trânsito das ruas de Coimbra superlotadas e sem condições de alargamento, ajudando assim a resolver problemas de trânsito e poluição.
É lamentável a dualidade de critérios dos Governantes, que teimam em gastar rios de dinheiro com o TGV, somente para agradar aos senhores da Europa e a uns poucos privilegiados, mas bloqueiem uns tostões para uma obra tão essencial para o nosso Distrito, travando-a por tempo indeterminado.
É lamentável que se tenha desmantelado a linha de comboio quando já se sabia que não seria possível a sua remodelação.
Os Nacionalistas fazem sua, a causa do povo!
Em primeiro lugar, as obras que servem quem mais precisa; só depois, as obras para quem até já tem muito bons meios de transporte para se deslocar.
Envolver-se!
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