Morrer na Praia | A candidatura Presidencial que não se concretizou
Atingido o final do prazo de formalização das candidaturas às “Presidenciais 2011”, vem agora o PNR anunciar que não se conseguiram reunir as 7.500 proposituras necessárias para a Candidatura de José Pinto-Coelho.
Foram contabilizadas até este momento 5.878 proposituras, além de umas outras escassas dezenas ainda por recolher e por isso não contabilizadas.
Assim, após meses de intenso esforço por parte de um punhado de pessoas que, sem meios nem estrutura se moveram por pura convicção, podemos dizer que chegámos ao fim de um caminho com o sentimento de um sonho adiado. Fomos “morrer na praia!”
Quando anunciou a sua candidatura, José Pinto-Coelho sabia bem da dificuldade de tão dura meta e da possibilidade de não a alcançar. Contudo, depois de reflectir, entendeu ser seu dever avançar e propor aos portugueses uma verdadeira alternativa ao “mais do mesmo” apresentado pelos outros candidatos que se perfilaram para as eleições.
Agora, chegados ao fim de uma luta fracassada, não podemos deixar de apontar o dedo acusador à comunicação social, importante tentáculo do sistema nauseabundo que nos domina.
Nunca esta candidatura teve direito a uma só linha num jornal ou um segundo num telejornal! Nunca lhe foi concedida uma entrevista ou questionada uma posição sobre algum tema. Nunca foi feita a cobertura nem noticiada alguma acção de pré-campanha e recolha de assinaturas. O candidato não foi convocado para os debates que estão de momento a ocorrer. Nada!
Não fora essa situação de discriminação e a formalização desta candidatura – podemos afirmá-lo com segurança – seria uma certeza.
Não falem, por isso, em liberdade de expressão ou igualdade de tratamento! A comunicação social promoveu os todos os candidatos do sistema e apadrinhou-os, mas a José Pinto-Coelho, incómodo, ao invés, votou ao total silêncio.
A comunicação social – e especialmente o serviço público – longe de servir os portugueses, está dominada por lóbis e limita-se a servir interesses, obedecendo às directivas do regime podre que nos afunda. Uma vergonha!
PNR | 22 de Dezembro de 2010