1º de Maio de 2011 (Coimbra) | Discurso de José Pinto-Coelho
Portugueses,
Hoje estamos na rua, mais uma vez a celebrar o “Dia do Trabalho Nacional” e por isso, de todos os agentes desse mesmo trabalho e não só o trabalhador ou assalariado.
Desta vez escolhemos Coimbra, centro do país, como local de comemoração e, simultaneamente de início da campanha com vista às eleições de Junho.
O 1º de Maio deste ano reveste-se de um especial significado, dadas as circunstâncias de profunda crise económico-financeira, mas sobretudo, crise de valores, humilhação nacional, ingerência externa cada vez mais forte e total falta de perspectiva e esperança no futuro. É neste cenário de desolação e escravidão que vamos novamente a eleições e que hoje evocamos o trabalho nacional.
Mas qual trabalho nacional? Qual produção? Qual emprego? Qual prosperidade? Nada! Apenas sacrifícios e angústias; desigualdade social; perdas de direitos; precariedade nos empregos cada vez mais descartáveis…
Há muitos anos que, incansavelmente, temos vindo a denunciar estas políticas criminosas de destruição do tecido produtivo nacional e de dependência cada vez maior dos poderes mundialistas que em nada servem os nossos interesses.
– Foi um crime de lesa-pátria termos entrado de cabeça na União Europeia, embriagados pelo dinheiro fácil que entrava a jorros, sem se pensar na factura que chegaria um dia. E já chegou!
– Foi um crime termos aderido à moeda única e banirmos o Escudo e com ele a nossa independência monetária, tão fundamental para a economia e soberania de Portugal.
– Foi um crime termos secado as fontes de produção nacional, de rendimento, de trabalho e de emprego com o abandono da agricultura, o abate da pesca, a destruição da indústria, a fragilização do comércio, a entrega de sectores vitais da nossa economia e soberania.
– Foi um crime contra o presente e o futuro. E também contra a herança recebida dos antepassados e, desde logo do Estado Novo.
Foi irresponsável e suicida o caminho trilhado que viu na União Europeia o el-dorado que nos sustentaria sempre. Como se pode conceber um país que consome o que não produz? Como se aceita entregar de bandeja as bases da soberania nacional a troco de dinheiro, que ainda por cima sumiu todo nos bolsos de muitos, sem quaisquer benefícios para a Nação, à excepção, por certo, de betão e alcatrão?
O resultado está à vista e era previsível: hipotecámos o presente e o futuro e ainda por cima nem ao menos há sinais de emenda e de retorno à Produção Nacional.
Mas será que os portugueses não abrem os olhos de vez e correm com estes pulhas?!
Hoje estamos literalmente entregues em mãos externas: temos o país à venda, a retalho. Todos os centros de decisão e sectores estratégicos e vitais para a nação estão a cair nas mãos de privados e ainda por cima nem ao menos são nacionais, mas antes supra e multi-nacionais.
Uma vergonha, uma humilhação, uma tristeza! Eis o sucesso do regime que Abril em triste dia pariu!
O caminho que defendemos e pelo qual incansavelmente lutaremos, define-se com uma simples expressão: “Portugal aos portugueses!”. Só com esta visão, se podem trilhar caminhos de coragem e de vontade política que garantam a prosperidade de Portugal e o bem-estar dos portugueses.
É função e dever de um Estado que se preze, garantir a maior independência possível da Nação e a Justiça Social entre os seus. Temos por isso que encetar medidas, clara e assumidamente, proteccionistas! Se não é Portugal a cuidar de si mesmo, ninguém mais o fará. Ou será que é o usurário FMI ou a totalitária UE?
– Importa pois, voltarmos à Produção: ao cultivo dos campos; às pescas, naquela que é a maior zona exclusiva da Europa, que é nossa e que abandonámos às mãos dos espanhóis e não só.
– Importa voltarmos à indústria.
– Importa desenvolver o interior em vez de o encerrar progressivamente. Sobretudo a faixa de fronteira com Espanha.
– Importa termos a coragem de voltar á nossa moeda: o Escudo! E desse modo libertarmo-nos da tirania do PEC e recuperarmos mecanismos que permitam mexer nas taxas de juro e na inflação.
– Importa apostarmos nas energias alternativas e na exploração das potencialidades do mar.
– Importa apostarmos e apoiarmos a investigação e a criatividade.
Este sim, é o caminho: reanimar e desenvolver! E nunca o caminho tresloucado do corte sistemático em tudo e todos sem qualquer contrapartida ou benefício.
É preciso cortar? Claro que sim! Mas no dinheiro mal gasto; no estado incrivelmente gordo; na má gestão; nos milhares de institutos e fundações totalmente inúteis; nas duplicações de serviços e consultadorias externas; nos tachos e mordomais; nos subsídios que alimentam parasitas “profissionais”; nas parcerias público-privadas; nas pensões de reforma verdadeiramente obscenas que muitos poderosos auferem; etc, etc etc.
Há alternativa sim! Há alternativa às falsas soluções do FMI (que nos invade pela 3ª vez desde a Revolução abrileira), da UE e dos nossos péssimos políticos que têm que ser corridos urgentemente.
As soluções nunca, por nunca, poderão vir daqueles que nos meteram no buraco, mas antes, passam por corrermos com o “Clube dos Cinco” que nos rouba há anos sem fim! É intolerável que haja quem se queixe e continue a votar neles ou a abdicar passivamente de os expulsar.
É Hora de abrir os olhos! É Hora de Revolta e Renovação!
É Hora de mandar os pulhas da governação, o FMI e a UE fazerem “Boa Viajem”!
Vamos apoiar o PNR e o Nacionalismo! Por um estado Nacional e Social! A Bem da nação!
Viva o PNR e Viva Portugal!
Envolver-se!
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