Pare, escute e olhe
A rede ferroviária nacional começou a ser construída e planeada ainda no tempo da Monarquia. Quem deu inicio ao projecto e quem o foi continuando merece o nosso aplauso e gratidão. O transporte ferroviário é o transporte do futuro, mais cómodo, mais seguro, menos poluente quando electrificado, mais barato e menos dependente da importação petrolífera, para além de requerer menos ocupação de terreno. São só vantagens e praticamente nenhuma desvantagem quando completado com terminais rodoviários.
Foi preciso vir o 25 de Abril e os partidos do alterne para este transporte começar a ser posto em causa. Não foi por incompetência, não acreditem nisso. Esta gente que nos desgoverna tem traçado um plano altamente competente. Primeiro, começaram por nomear para as administrações da REFER e CP gente com ligações ao sector privado dos transportes. Depois, foi deixar no mais completo desleixo linhas e ramais, tornando as viagens morosas e perigosas, e modificar os horários de forma a não servirem as populações. Também arquitectaram e puseram em prática o plano que levou a que, num curto espaço de tempo, as linhas ou passaram a ser perigosas ou a dar prejuízo.
Por outro lado, quer por bairrismos bacocos ou por popularismo, defende-se o TGV ou a construção de uma linha férrea a ligar o Porto de Aveiro a Espanha. A ordem é pobre, os frades é que são ricos. Já existe uma linha férrea que nos liga a Espanha, e esta a França e logo a toda a Europa. Existe também a linha da Beira Alta, com ligação à linha do Norte e também ao porto da Figueira da Foz (este troço está encerrado para obras que tardam ou nunca virão). Com muito menos custos é possível melhorar a eficácia da linha e ter assim uma forma de transportar produtos de e para toda a Europa. O entroncamento da linha da Beira Alta com a linha do Norte fica na Pampilhosa, concelho da Mealhada, distrito de Aveiro, é um local privilegiado porque dista cerca de 10 quilómetros da A1 e onde é possível, com baixos custos, construir um terminal rodo-ferroviário, recorrendo aos terrenos das extintas fábricas existentes no perímetro da estação.
As soluções estão à vista, e são passíveis de ser concretizadas, visto tratar-se de um projecto estruturante e estruturador para o país. São igualmente fáceis de entender e defender quando não se está preso a lóbis e a clientelas partidárias.
Para os nacionalistas e o seu partido estas questões são claras: apostamos seriamente no transporte ferroviário porque é um transporte eficaz, com futuro: mais limpo, mais seguro e mais barato.
Envolver-se!
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