Discurso final de José Pinto-Coelho | V Convenção
Terminada a V Convenção Nacional do PNR, ocorre-me em primeiro lugar agradecer a todos os que a organizaram e também aos que compareceram a este evento tão importante para a vida interna do nosso partido.
Cabe aqui neste momento de mudança de ciclo na vida do PNR, com toda a justiça, uma palavra especial a todos aqueles que na vigência deste último mandato, apoiaram o partido, de múltiplas formas e em diferentes graus de esforço e entrega pessoal. Mas a todos, sem excepção, o PNR está reconhecido! Eu estou reconhecido!
Lembro, naturalmente, todos aqueles que fizeram parte dos órgãos nacionais no Mandato que hoje terminou; os que foram candidatos nas eleições de 2011, ou que de alguma forma participaram nessa campanha eleitoral; os que têm contribuído financeiramente; os que compareceram nos actos públicos que, um pouco por toda a parte, o PNR tem vindo a realizar; os que se mantiveram leais e unidos ao Partido e à sua Direcção nos tempos particularmente difíceis que se viveram nos dois últimos anos, com tentativas de desestabilização interna por parte de uns quantos.
Fica aqui, também, o meu reconhecido agradecimento público, àqueles que, continuamente têm sido o pulsar do PNR no activismo constante, na divulgação, na propaganda e na realização de eventos. Têm sido fundamentais, essas iniciativas dos militantes, que permitem levar aos portugueses um pouco da mensagem do PNR que nos é vedada pela censura da comunicação social democrática. A todos estes, que não hesitaram nunca em dar a cara e o esforço, que não negociaram com o comodismo ou calculismo e foram generosos, que não caíram na tentação do treino de bancada, aos que de algum modo fizeram parte da organização de actividades, ou de núcleos ou de órgãos nacionais neste último triénio: o meu muito obrigado!
Por fim, um agradecimento especial aos que fizeram parte da Comissão Política nacional e sentiram bem o peso que representa a responsabilidade de se levar o PNR para a frente. Basta lembrar que a Direcção faz um trabalho que não se vê, mas que seria facilmente visto caso não fosse feito: facilmente se veriam as consequências desse desastre… Os problemas, dores de cabeça e trabalho obscuro, sem brilho nem recompensa, representam, sem qualquer margem para dúvida, a maior fatia, em percentagem, do esforço da Comissão Política. E trabalhar em equipa nem sempre é fácil. Mas no fim, o que fica, é o reconhecimento gratificante de que a obra continua, amadurece e consolida-se.
O PNR vive do contributo de cada um de nós, que damos continuidade à sua existência, tendo como especial missão engrandecer, fortalecer e credibilizar o partido Nacionalista de Portugal.
É assim que com ânimo sempre renovado, pela 4ª vez consecutiva estarei à frente dos destinos do Partido. Ânimo renovado, pois acredito que esta equipa que constitui a Comissão Política é melhor até hoje, e a que constitui o Conselho Nacional, também o é, e que os militantes e activistas são cada vez mais e melhores!
Estamos juntos neste combate que é, e será sempre duro e desigual. Já o sabemos e contamos com isso mesmo! Sabemos bem que a luta que travamos é feita num ambiente de terrível desigualdade e com uma gritante falta de meios, num país à mercê da pior classe de trafulhas que nos calhou em sorte desde a I República, e que mantem o regime antinacional que por sua vez os alimenta. Só pensam em servir-se, em vez de servirem. Não hesitam em saquear o que podem, destruindo e arrasando tudo aquilo que lhes sirva de obstáculo.
Por isso, convém-lhes silenciar todos aqueles que, pensando pelas suas cabeças e regendo-se por valores sólidos, os contestem verdadeiramente. Por isso convém-lhe estupidificar e narcotizar as massas, através da imposição da “cultura” do politicamente correcto e do “pronto-a-pensar”, tornando-as numa espécie de carneirada obediente e facilmente submissa.
Por isso convém-lhe demolir toda e qualquer estrutura de valores e tradições que impeçam o seu domínio e impune pilhagem. Por isso, reduziram a nossa «soberania» ao mero uso de símbolos, ainda por cima, sem respeito, como a Bandeira de pernas para o ar, ou o Hino, praticamente reduzido e associado à Selecção de futebol dita nacional.
O totalitarismo dos poderes obscuros, blindados na ditadura democrática, simula no entanto a garantia de amplas liberdades e igualdade de oportunidades, mas isso só convence os tolos, pois na verdade, é por demais evidente a fraude gigantesca do sistema. Nós sabemo-lo! E somos a única verdadeira alternativa ao regime e ao mundalismo a quem ele serve. E eles sabem-no! Por isso mesmo subjugam o nacionalismo, impondo-lhe uma luta muito desigual e um permanente estado de boicote e censura.
Tudo isto são circunstâncias adversas, mas contamos com elas e não viramos a cara ao combate. Aqui no PNR, não agimos por impulsos, por imediatismo ou por pressões de ideias absurdas: somos antes corredores de fundo que sabemos que o caminho é muito longo e duro. Impõe-se pois, trabalho sério e persistente: sem desânimos nem desistências, nem desvios ou paragens. É nisso que temos que nos centrar e realizar um verdadeiro trabalho de formiga que garanta uma forte fidelização das pessoas que, cada vez mais nos olham com atenção e esperança, um pouco por todo o lado.
A nossa postura é a que Bergson tão bem sintetizou: “pensar como homens de acção e agir como homens de pensamento”. Pensamento e acção são dois polos fundamentais que nos distinguem dos eternos promotores de tertúlias intelectuais que em pouco ou nada têm servido o nacionalismo, e nos distinguem também dos aventureiros inconsequentes que defendem o “falem bem ou falem mal, mas falem de nós” que tanto dano provoca à nossa imagem.
Não nos iludamos: se isto fosse fácil, já estaria feito ou estavam cá outros. Por isso, aos que na cómoda postura de treinadores de bancada e de lunáticos inúteis, que apenas sabem criticar e exigir que façamos impossíveis, ignoremo-los. Eles que se mexam e ponham em prática as suas fórmulas mágicas se quiserem.
Que cada um de nós faça sempre, tudo aquilo que pode e sabe, com espírito de iniciativa, de disciplina e de unidade ao PNR e assim continuaremos firmemente o caminho da credibilidade e solidez na construção do Nacionalismo Renovador em defesa de um Estado Nacional e Social.
Que viva o PNR, para que viva Portugal!
Envolver-se!
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