Apontamento semanal | 30 de Dezembro de 2012
> ECONOMIA <
> Novo ano, novo furo no cinto dos portugueses… No próximo ano haverá muitos bens e serviços cujo preço voltará a aumentar, ainda assim, a taxa de inflação deverá ser substancialmente inferior à registada em 2012.
> … e por certo mais quebra na receita do estado. Entre Janeiro e Novembro houve uma quebra na receita de todos os impostos, com excepção do Imposto Único de Circulação.
Em Janeiro, os portugueses vão pagar mais em muitas das coisas que utilizam no dia-a-dia: desde a luz, ao gás, passando pelos transportes públicos. É como em todos os anos: sempre a somar nos aumentos e a sumir nos orçamentos familiares.
É lamentável que se assistam a sucessivos aumentos dos preços e, em sentido inverso, à baixa de salários e outros benefícios. E é insensato, que se exijam sacrifícios tremendos aos Portugueses, que na verdade são em vão, já que, em vez de servirem para relançar a economia e a produção nacional apenas servem para pagar erros de governação que teimam em manter.
E tal como é evidente, continuará o recuo na receita fiscal a acentuar-se no próximo ano, apesar dos aumentos nos impostos. O pior e o mais sinistro, é que este governo sabe de antemão o resultado desastroso das suas politicas económicas. Assim a crueldade praticada contra os Portugueses, a fim de satisfazer as exigências do capataz da Troika, procurando, desse modo, “solucionar” décadas de políticas de saque ao erário público, por parte de uma classe dirigente indigna leva-nos a suspeitar que haverá algum plano inconfessável para, de alguma forma, os traidores do PSD/CDS e os seus patrões da alta finança estrangeira beneficiarem com o descalabro das nossas contas com a crise por eles criada.
> SOCIEDADE <
> Fechar, encerrar, cortar… A Autoridade Tributária e Aduaneira vai reduzir o número de Serviços de Finanças para metade até Junho de 2014. Esta meta é agora “mais ambiciosa do que o plano inicial”, pode ler-se no documento da sexta avaliação do programa de ajustamento português da Comissão Europeia. Inicialmente, previa-se uma redução de 20% dos serviços de finanças este ano e mais 20% no próximo.
Continua a politica cega ou concertada para levar os portugueses a migrar das pequenas localidades para as cidades. Para além de ser mais um atentado à qualidade de vida, estas políticas não têm em conta os cidadãos com mais dificuldades de transporte, sobretudo os idosos cada vez mais abandonados à sua sorte.
> Afinal, qual é o espanto? O homem que durante meses se intitulou consultor da ONU é investigado há mais de 30 anos, em 18 processos. Perito em falsificação, tem um diploma do ISCTE forjado, que lhe valeu uma queixa do Sindicato dos Economistas. Nas últimas semanas, arriscou de mais e foi desmascarado.
Afinal a que se deve tanta indignação e espanto em torno desde burlão e usurpador de funções? Claro que se trata de um crime e, por isso, de uma conduta altamente reprovável.
Mas é ou não verdade que estamos no país dos “Sócrates”, “varas”, “relvas” e companhia limitada? Uns tiram cursos ao Domingo, ou conseguem equivalências à medida, em universidades de amigalhaços. Outros ascendem vertiginosamente de caixa de banco a administrador. Outros enriquecem fabulosamente nos cargos públicos… Não é verdade que o exemplo deve vir de cima? Então para quê tanto espanto? Este seguiu apenas o “exemplo”…
> SECTORES ESTRATÉGICOS <
> Água vai! O conselho de ministros desta quinta-feira abriu a porta para a privatização do sector das águas e saneamento. O Governo aprovou uma proposta de lei que irá regular a subconcessão a entidades privadas de sistemas multimunicipais de águas e de saneamento.
Que comentários mais haverá a fazer-se a estas situações? Se estes (des)governantes não saem de cena, dentro em breve, de português não teremos nada. Tudo vale para arranjarem dinheiro para ganharem os juros da dívida e serem meninos bem comportados depois da grande asneira que fizeram nas últimas décadas. Tudo vendem! É total a prostituição. Ainda chegará o dia em que se lembrem de privatizar as ruas, os jardins e as praças, as praias e – porque não? -, até o ar que respiramos…
Para o PNR, constitui um crime contra a soberania e a economia nacional, a venda de quaisquer sectores estratégicos a interesses privados ou estrangeiros. A Pátria não se vende!
Envolver-se!
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