25 de Abril: simplesmente feriado
E passou-se, ontem, mais um feriado onde os políticos, vivendo acima de qualquer crise que não os afecta, lá fizeram os seus grandes festejos, com pompa e circunstância, a olhar para os seus umbigos, todos com a florzinha na lapela, para ostentarem bem a sua pertença e fidelidade ao regime do qual se alimentam. Para as gerações mais novas, é uma data que não significa nada, porque nunca conheceram outra realidade, apenas a história que lhes contam (mal) na escola, e dentro de anos, estes festejos não passarão de comemorações encenadas e preservadas artificialmente de uma data da qual já ninguém se lembra.
Mas vivemos numa democracia; dizem. Neste paraíso de liberdade – palavra tão gasta, usada e abusada – onde a maioria dos eleitores usa a liberdade de se abster de votar. Vivemos numa desavergonhada oligarquia de 5 partidos cujos “representantes do povo” se estão a borrifar completamente para os interesses dos seus eleitores.
Tivemos um criminoso PREC e uma “descolonização” irresponsável, agora temos uma corrupção incomensurável. Dizem que já não há censura, mas a imprensa é totalmente instrumentalizada, os jornalistas recebem ordens dos seus patrões e estes defendem os interesses do poder. Somos desgovernados por uma corja de yes-boys, que não defendem os interesses do país e das pessoas, mas apenas os seus escandalosos tachos, uns lacaios que se limitam a cumprir as ordens dos seus amos e senhores. O país é governado por Bruxelas e Washington, que defendem os interesses das grandes multinacionais deste supostamente maravilhoso “mundo globalizado”, brinquedo nas mãos dos donos de Wall Street. Como se isto não bastasse, os nossos políticos ainda vão lamber as botas a Brasília, Luanda e Pequim.
E é este o país que temos e que os nossos políticos autistas tão alienadamente comemoram no seu palco, esmifrando alegre e implacavelmente os empobrecidos contribuintes.
Alguns feriados foram abolidos, como o 5 de Outubro, que a maioria das pessoas já nem sabia do que se tratava, ou o 1º de Dezembro, que parece que já não tem qualquer significado. Para a maioria das pessoas que ainda têm um emprego, sejam católicos, comunistas ou não sejam nada, tanto faz se é Sexta-feira Santa ou 1º de Maio, é apenas mais um feriado vazio de significado. O que interessa é que é um dia em que não se trabalha. Simplesmente feriado!
Envolver-se!
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