Em defesa de Portugal e da Europa, contra o Acordo Transatlântico
Continuam a ritmo acelerado os passos da União Europeia (UE) no sentido da celebração do Acordo de Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento (APT), mais conhecido pela sua sigla em inglês TTIP (ou, por vezes, TAFTA). Trata-se de um tratado de livre comércio entre a União Europeia e os Estados Unidos da América (EUA), que é apresentado pelos seus defensores como uma “oportunidade” que alegadamente vai criar emprego mas que, na prática, permitirá às multinacionais arrasarem mais facilmente com as pequenas e médias empresas, prevendo-se nos termos do Acordo até mesmo a sobreposição dos interesses destas aos dos estados nacionais. Como se não bastasse, há ainda os riscos para a segurança alimentar, pois muitos alimentos de segurança duvidosa actualmente proibidos na UE são livremente comercializados nos EUA, e, se o Acordo avançar, vão poder passar a sê-lo também na Europa.
No mês passado, o Parlamento Europeu aprovou mais uma etapa do processo. Tal e qual como quem conduz um cordeiro ao altar da sua imolação, só que o cordeiro somos nós, população em geral. Os deputados portugueses do PS, PSD e CDS/PP votaram a favor, verdadeira e finalmente unidos no que toca à submissão da Europa aos interesses dos EUA e do grande capital apátrida. O BE e o PCP disseram que votariam contra, mas houve entre os seus deputados quem não votasse e quem, alegadamente, se enganasse a votar… Já o MPT e “independente” Marinho e Pinto votaram a favor, mostrando uma vez mais que não são alternativa aos partidos do alterne. Como seria de esperar, o recém-formado grupo nacionalista no PE, que o PNR apoia, votou contra.
Envolver-se!
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