A “derrota” dos vitoriosos
Terá sido a “Frente Nacional” derrotada?
Sim, se encararmos a questão pelo objectivo de se alcançar o governo de alguma região.
Mas, não! A Frente Nacional não foi derrotada segundo nenhum outro ponto de vista. Não há melhor evidência disso mesmo, que o facto de todas as notícias e comentários falarem dos “derrotados” e não dos “vencedores”. Isso revela bem a importância dos primeiros e a fragilidade da amálgama invertebrada dos segundos.
Quando Xavier Bertrand, do centro-direita, no rescaldo dos resultados eleitorais, afirma que “a história recordará que foi aqui que travámos a progressão da Frente Nacional”, parece que está tudo dito. Não há, nem pode haver alegria e festejo na vitória que não o é, nem sabe a tal, pois, todo o sistema politicamente correcto, instalado e dos interesses, se uniu contra a FN e nenhum deles se pode sentir vitorioso ao ter que engolir um grande sapo.
Todos, da direitinha à extrema-esquerda, votaram no centro-direita para impedir a vitória da FN. O voto não foi em algo em que acreditavam, mas, contra a FN. Não foi o voto da convicção, mas o da prostituição.
No fim de contas, os tais “derrotados” da Frente Nacional, tiveram a maior votação de sempre, abeirando-se dos sete milhões de votos, representando quase 30% do eleitorado.
Se a “barreira republicana” que uniu os donos do sistema contra os ventos de mudança nacionalista impediu, para já, a vitória da FN, foi só isso mesmo: para já…
Envolver-se!
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