Por um Nacionalismo Português
Ser nacionalista é ser português inteiro. Somos os herdeiros do legado glorioso da Civilização Portuguesa disseminada por todo o mundo, pelo que defenderemos, em todos os lugares, em todos os momentos, os Valores que fizeram desta Nação uma pátria de gigantes. Não aceitamos a subalternização com que a UE e o próprio regime que hoje vigora à revelia do genuíno sentimento nacional nos quer impor, porque não esquecemos que foi Portugal e que foram Portugueses que tiveram a coragem de desvendar o mundo.
Não esquecemos que a Idade Moderna se iniciou com a epopeia dos Descobrimentos, que foram uma façanha de gente metódica, dotada de fria inteligência, de visão lúcida, muito precisa nos objectivos práticos a que tendia, e de estudo minucioso dos meios adequados a tais propósitos; em suma, um vasto plano de conjunto, aliado a uma coragem rara. Todas estas características permanecem no ideário nacionalista que o PNR representa.
Porque os Portugueses têm esse mérito: onde chegam, fazem sempre qualquer coisa em benefício daqueles que venham no futuro a ocupar o seu lugar. Portugal tem de voltar a ascender ao seu lugar de destaque internacional. É tempo de exercermos com determinação e coragem a nossa supra-condição de nação civilizadora, capaz de alargar os horizontes. Para esse efeito, o PNR definiu um programa de actuação que passa por três princípios-chave: protecção social, nacionalismo económico, renovação política.
E para que não haja mais dúvidas em relação ao nosso Nacionalismo, isto é aquilo que ele significa: a defesa intransigente de certos valores fundamentais sem os quais a vida em sociedade é impossível: identidade, responsabilidade, mérito, solidariedade. O Nacionalismo que estrutura o nosso pensamento e define a nossa acção é uma política cuja origem remonta à própria génese da Nação. Daí a sua legitimidade histórica e o seu sentido de continuidade. Esta acção política tem no seu âmago um outro paradigma que reconhece a existência de um interesse público superior ao de qualquer grupo privilegiado. A Nação acima dos interesses particulares, de classe, de grupos ou de indivíduos. Contrários a todas as formas de abuso do poder, estabeleceremos em definitivo um conjunto central de leis orgânicas sobre a estrutura e funcionamento da administração central e local.
O PNR fala ao coração das pessoas. Basta-nos, para tal, apelar à sua razão, mobilizando-as, envolvendo-as num projecto comum. Num esforço de síntese, refinamos e reajustamos tudo aquilo que de útil podemos encontrar nesse modelo original, adaptando-o ao nosso tempo. Portugal tem de repensar este sistema obsoleto e a sua dependência em relação a instituições internas e externas contrárias ao bem comum nacional. Desde logo, uma verdadeira empresa pública gere os recursos comuns para torná-los sustentáveis. Recusamos o fatalismo do atraso e queremos melhorar continuamente. O desperdício e o desmazelo na gestão pública têm simplesmente de ser erradicados.