Orçamento de “estrago”
Foram conhecidas as linhas gerais do Orçamento de Estado, apresentadas pelo Ministro das Finanças, num tom que lhe é peculiar, muitas vezes incompreensível para a esmagadora maioria dos portugueses, pelos termos técnicos usados, mas sobretudo pela manifesta incapacidade em fazer-se perceber.
As previsões do governo estão em linha de conta com outros organismos internacionais. Insuficientes para alavancar a economia, para acabar com a crise, só provam, mais uma vez, que as promessas eleitoralistas dos partidos do sistema ficam na gaveta, mal se apanham nas cadeiras do poder. A Esquerda-caviar, que tanto prega em nome dos trabalhadores e dos mais desfavorecidos, vai dizer “amém” a um Orçamento que deixa tudo na mesma, que se baseia em variáveis muito questionáveis, que pode ser mais uma vez a “porta aberta” para o regresso da Tróica.
É no capítulo dos impostos que o embuste se evidencia. Dão com uma mão para roubarem com a outra. O aumento do Imposto Sobre os Produtos Petrolíferos (ISP) é escandaloso e com repercussões nas famílias e nas empresas. Nas empresas, porque vai fazer subir os custos dos transportes e consequentemente a perda de lucros ou o aumento dos produtos. Nas famílias, o aumento nos transportes e praticamente em todos os outros, já que todos vêem o custo reflectido nos preços dos combustíveis. O peso dos impostos nestes mesmos vai ficar a rondar na casa dos 60%.
A carga fiscal é, sem dúvida, um “espinho” espetado no orçamento das famílias e das empresas, exceptuando aqueles empresários traidores que arranjaram uma artimanha para pagar parte dos seus impostos no estrangeiro e que o sistema teima em proteger.
Feitas as contas, nos dias de hoje e juntando impostos directos e indirectos, praticamente metade do que recebemos pelo nosso trabalho vai para o Estado. Para o Estado das subvenções vitalícias, da corrupção, dos assessores, das derrapagens, dos jobs for the boys. Um Estado gastador e esbanjador, que nos leva à revolta e à fuga de impostos.
Todos os portugueses sabem que este não é o caminho. Alguns, cada vez mais, já sabem qual é a trajectória, só falta a vontade e coragem de a percorrer.
O caminho para a solução só pode passar por profundas alterações, por um Estado Nacional e Social, por ter à frente dos destinos da Nação, gente que a queira servir e não servir-se dela.
Precisamos de elevar a função “trabalho” atirada para a lama, pelos salários de miséria, pela precariedade e pelo “aburguesamento” da classe. Precisamos de apoiar e proteger a produção nacional, os empresários com profundas convicções sociais e patrióticas. Juntos e embrenhados no espírito de missão, empresários e trabalhadores, porque herdeiros das tradições de muitos dos heróis de outrora, apoiados por uma classe política empenhada e despejada dos efeitos maléficos do materialismo, vão certamente alterar o percurso iniciado no 25 de Abril, que só nos conduziu e conduz ao abismo do mundialismo e da globalização.
Venham percorrer o caminho connosco. Teremos muita honra em caminhar ao vosso lado.
Envolver-se!
Comentários