“Não há” censura. Temos “todos” liberdade e igualdade de tratamento.
Há quem diga que dantes havia censura e agora não há. Tal afirmação só pode revelar ingenuidade, ignorância ou má-fé!
Dantes havia censura, sim! Era assumida, com organismo próprio, com regras e âmbitos definidos. Goste-se ou não, e independentemente de juízos de valor, eram outros tempos e circunstâncias. Estava-se em plena «guerra fria», com a permanente ameaça do comunismo, e impunha-se a defesa e combate a essa ideologia criminosa.
Hoje, ela continua a existir, mas é bem pior: é cínica, cobarde, sem regras definidas, sendo, por isso, arbitrária.
Os donos do poder censuram tudo e todos que lhes sejam “incómodos” ou representem qualquer forma de ameaça aos seus privilégios e agendas.
Para tal, resumidamente, recorrem ao seguinte esquema:
1º – Convencem as pessoas de que há liberdade de expressão e não há censura;
2º: – Criam toda a espécie de rótulos, básicos, imbecis, sem qualquer rigor (do estilo: fascista, nazi, racista, xenófobo, islamofóbico, populista, machista, sexista, homofóbico, lesbofóbico, intolerante, discurso de ódio…) a todo e qualquer pensamento político fora da ditadura do politicamente correcto e aceite;
3º: – Denigrem e diabolizam tais ideias que se enquadrem nos rótulos que criaram, com campanhas avassaladoras de formatação da opinião pública (entenda-se: opinião que se publica);
4º: – Silenciam e limitam ao máximo a visibilidade e actuação das correntes políticas incómodas, como se não existissem, negando às pessoas o direito de as conhecerem, através do condicionamento e restrição de acesso aos média e, quando o permitem, geralmente é na terceira pessoa ou de forma distorcida;
5º No limite, criminalizam e perseguem quem veicula tais “ideias”, desde a prática de censura em redes sociais, às portas que se fecham na vida profissional, até à mais que cobarde perseguição por asfixia financeira.
Esta prática de censura faz-se no maior silencio possível. Assim, os tolos acreditam que ela não existe e que há plena liberdade de expressão e igualdade de oportunidades; por outro lado, os que querem afirmar um outro modelo de sociedade, contrário ao que nos está a ser paulatinamente imposto, sentem, na surdina, o peso cruel desta perseguição “invisível”, mas bem real e presente. Perante isto, uns desistem, outros enfrentam dia após dia esta dura realidade.
Sei do que falo! Acredite quem quiser: há censura e perseguição, e do pior!
Envolver-se!
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