O exemplo de Aljubarrota: Ergue-te!
No dia 14 de Agosto de 1385 as forças portuguesas lideradas no terreno por D. Nuno Álvares Pereira e D. João I derrotaram pesadamente as tropas castelhanas de D. Juan I.
Perdura doravante o exemplo de uma Grei que pela sua independência enfrentou um oponente cuja superioridade numérica ganha laivos de inverosimilhança quando se sabe que perdeu a batalha; entretanto, os Portugueses, é bom lembrar, tinham a elite do seu próprio país contra si, uma vez que o grosso da nobreza e do alto clero de Portugal estava por Castela.
Esta foi, pois, uma vitória do povo, até mesmo em termos técnico-militares, porquanto parece ter-se tratado de uma das primeiras ocasiões na história medieval militar da Europa em que uma massa de combatentes a pé – portanto, usualmente de origem plebeia – consegue, mesmo em desvantagem numérica, levar de vencida a cavalaria. Uma vitória que só pôde acontecer porque quem parecia estar na iminência da derrota insistiu em manter livre a Nação, conseguindo assim fazer história que ainda não estava feita, permitindo que brilhassem os defensores da Nacionalidade em todos os níveis sociais, do mestre de Avis à padeira de Aljubarrota, Brites.
Em Aljubarrota, contra todas as probabilidades, poucos fizeram muito! Esse muito é feito de coragem, ousadia, risco, convicção, fé, resiliência… e um grande amor à liberdade da Pátria, à sua Soberania e Identidade.
Se ontem foi possível contra o inimigo externo, hoje também o é contra o interno! Ergue-te!
Envolver-se!
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