Deixar de viver para não morrer?
Avizinha-se um novo confinamento geral. Mas, impõe-se questionar o porquê. Vejamos:
– O primeiro confinamento geral, ao qual se pode ter dado o benefício da dúvida, para nada serviu porque, chegados aqui, nada resolveu.
– O governo gastou milhões de euros na aquisição de 1200 ventiladores à China, porém, volvidos tantos meses os hospitais continuam por receber mais de 250 ventiladores.
Entretanto, este generoso governo foi oferecendo – pasme-se! – ventiladores a países africanos, enquanto que entidades privadas ofereciam ventiladores aos hospitais portugueses…
– O governo sabia de antemão que o Inverno teria como resultado o aumento de contágios e anunciou vezes sem conta, uma segunda vaga, contudo, nos últimos nove meses não investiu em novas alas hospitalares ou no aumento do número de camas, pelo contrário, no Verão desmantelou tendas de campanha alocadas em hospitais.
– O governo impôs o uso obrigatório de máscaras, o recolhimento obrigatório (estranha medida, que gera uma grande concentração de pessoas durante as horas de “liberdade”) a restrição à deslocação entre concelhos, iniciou a campanha de vacinação, prepara um novo confinamento geral, mas pretende manter as escolas em funcionamento, quando, paradoxalmente, em Março, estas foram as primeiras instituições a fechar por ordem deste mesmo governo! Enquanto isso, qual país do terceiro mundo, os alunos são obrigados a cobrir-se com mantas nas arejadas salas de aula.
Face à gestão da crise, os meios de comunicação replicam o diapasão alarmista-terrorista do governo, porque, importa relembrar, foram para isso comprados com a injecção de 15 milhões de euros dos nossos impostos. Fosse Trump, Bolsonaro ou Orbán a oferecer tal soma aos órgãos informativos que não hesitariam em denunciar uma grosseira intromissão estatal com vista a condicionar o jornalismo, mas neste lugar mal frequentado em que se tornou Portugal tudo isto é pacificamente aceite.
Portanto, o governo ordena que encerremos de novo os nossos negócios (sabendo que muitos dos que, com grande esforço, resistiram ao primeiro confinamento vão sucumbir agora), que nos fechemos em casa, que deixemos de viver para que não morramos, que nos afastemos mais e mais do convívio dos outros (fundamental ao ser humano!), ou seja todo um raciocínio “pleno de sentido”.
Continuem, pois, a repetir em uníssono que “vamos todos ficar bem!” Mesmo quando faltar o pão na mesa e a sanidade psíquica a quase todos, não se esqueçam de repetir sempre essa mentira.
Envolver-se!
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