Um juiz com atitude e com “eles no sítio”
Ante o desafio que o Juiz Rui Fonseca e Castro fez ao Diretor Nacional da Polícia de Segurança Pública, Magina da Silva, para uma luta de MMA, quando vejo os conformados e cobardes do costume a criticar a atitude de coragem, relembro-me sempre da razão pela qual os portugueses aceitam tudo e desfazem-se em mil desculpas, sempre muito convenientes, para “justificar” a sua inacção: “tenho contas a pagar”, “não posso dar a cara”, “estou só a cumprir ordens”, ” a lei é para cumprir”, ” a minha família não pode saber”, “não posso arriscar a minha carreira”, “agora não tenho tempo”, “posso ter consequências no futuro”, “as instituições são para respeitar”, blá, blá, blá…
Este juiz pôs em risco a sua carreira, e muito mais, para defender as suas convicções, apesar das consequências. Mais: ousou pensar e agir “fora da caixa”, denunciou a monotorização invasiva e criminosa que o Governo pede às forças de segurança para fazer a todos aqueles que pensam de forma diferente do pensamento oficial e obrigatório, assim como apontou o dedo à maçonaria, fez frente ao sistema e desafiou o director da PSP para um combate entre iguais.
Agora, perguntam-me: achas que isso é estimulante? Eu respondo: além de ser estimulante é revigorante e faz-me ter fé em que ainda existem homens de coragem nesta sociedade povoada de moluscos.
Para terminar, gostava de ver algo que sei que nunca irá acontecer: o “maroto” do Magina a dizer na televisão: “Sou um idiota, um fantoche, um pau-mandado do governo e maçon.”
Grande Juiz, tens o meu respeito, pá!