25 de Abril: liberdade! Para o crime…
Nesta data infame de 25 de Abril, que assinala a imposição da III República ao povo português em 1974, importa caracterizá-la em alguns dos seus aspectos essenciais, em jeito de balanço.
Em primeiro lugar, importa referir que os traços fundamentais do regime são estes: despenhou-nos três vezes na bancarrota e gerou a maior dívida externa de que há memória, condenando a nossa soberania; tem vindo a promover a substituição populacional, de portugueses por imigrantes, condenando a nossa identidade; pariu uma geração de políticos medíocres e corruptos, condenando as instituições a servir interesses obscuros e não a nação.
Em segundo lugar, convém recordar que a golpada traiçoeira de Abril foi preparada e levada a cabo por um pequeno grupo de militares despeitados, de ideologia marxista-leninista, que entregou instantaneamente o poder à rua e a toda a sorte de ruidosas – e ruinosas! – ideologias comunistas (maoísmo, trotskismo, anarquismo e sindicalismo), cujo frenesim revolucionário foi só refreado no 25 de Novembro de 1975, ocasião em que o poder foi capturado por socialistas e neo-liberais oportunistas, que não souberam, nem quiseram ilegalizar o comunismo, antes, tomaram-no como par. A chamada Geração de Abril é, pois, um produto do comunismo, e na sua génese não há nela nada de português e de nacional.
Em terceiro lugar: qual foi o resultado desta amálgama da partilha de poder? Resultou num regime que prometeu justiça, desenvolvimento e igualdade, mas ao invés, implementou a arbitrariedade, o retrocesso e o nepotismo. Vivemos em comunismo disfarçado e liberalismo desregrado, onde é executada a colectivização dos rendimentos através do IRS, da produção através do IRC, do comércio através do IVA, do património através do IMI, a que se junta um número infindável de taxas que sugam os já escassos rendimentos dos cidadãos. Que ninguém tenha ilusões, neste regime ninguém tem nada de seu, só as seitas do poder têm o seu capital e património seguros, todos os outros o podem perder a qualquer momento.
Esta ditadura-democrática que os sabujos parlamentares construíram é um fiasco. Por isso, graças à sua contumaz incompetência, a grande maioria da população não ganha o suficiente para ter uma vida digna e plena. Este é o regime que, por exemplo, nega 40 milhões de apoios sociais às famílias portuguesas num momento tão difícil, e perdoa uma dívida fiscal de 120 milhões, num negócio contratado entre uma empresa chinesa e outra francesa, que usurparam inclusivamente as nossas barragens.
Evocamos também, nesta data, a trágica queda no abismo das Províncias Ultramarinas Portuguesas. Segundo a subversiva propaganda oficial, os nacionalistas africanos eram bons, mas os nacionalistas portugueses, maus; esta é a mentalidade retorcida que emergiu do esgoto do 25 de Abril. Mas basta ver o estado lastimoso em que se encontram Moçambique, Angola, a Guiné-Bissau ou Timor, ou testemunhar a própria saudade de Portugal demostrada por tantos – em Cabo Verde, São-Tomé, etc. – e logo esta mentira cai por terra. Também, para eles, não era boa a dominação colonial de Portugal sobre o Ultramar, mas agora parece que já é boa a dominação colonial da União Europeia sobre Portugal ou a neo-colonização de africanos – que já nada têm a ver connosco! – da nossa Pátria. Enfim, toda cartilha do regime é pautada por contradições irresolúveis.
A regulamentação de todos os aspectos e minúcias da vida em sociedade, através de um número incontável de leis, tal como acontece na actualidade, é a essência deste Estado totalitário, mesmo que se apresente como uma “democracia”. Este socialismo sanguessuga que tira não aos ricos, mas à classe média para dar não aos pobres, mas aos ociosos, aos profissionais do subsídio, aos imigrantes, em detrimento dos trabalhadores nacionais, tem de ser erradicado.
Em vez de uma partidocracia viciada e inepta, nós propomos a fundação de uma meritocracia, com um plano de revitalização para todos os sectores do país e os meios humanos e materiais para o concretizar. Em vez de uma oligarquia bafienta, nós propomos um novo Regime e uma nova Constituição, na qual se substitua a concorrência sem regras e o abuso sem limites, pela cooperação e responsabilidade na gestão do Estado e na regulamentação eficiente do sector privado. É preciso pôr um fim a esta injustiça maior que o sistema engendrou para estimular a desagregação social. Mas a desunião está no seu cerne, polarizando a sociedade e o país em litoral e interior, rural e urbano, norte e sul, público e privado, entre outras divisões artificiais.
Importa não apenas o progresso económico, mas sobretudo a evolução das mentalidades, criando um ambiente saudável e solidário, onde a política e a comunicação de massas não promovam um pensamento único e os falsos valores, mas a riqueza e a diversidade da cultura e da economia genuinamente portuguesa, salientando as nossas vantagens comparativas, que são diversas e potenciadoras de elevados níveis de riqueza, se bem geridas.
Uma palavra ainda ao consumismo, que tem sido um dos factores-chave para a sobrevivência do Regime. Devem ser redefinidas as prioridades, fomentando o rendimento e a poupança, em detrimento do desperdício. Isto é: não gastar mal nem acima das possibilidades, fazer investimentos seguros que criem valor e não apenas endividamento ou pura especulação.
As políticas nefastas das últimas décadas têm tido consequências ambientais, sociais, financeiras e económicas desastrosas. Nos últimos 20 anos fomos ultrapassados por todos os países do antigo bloco soviético, e acumulamos a terceira maior dívida pública da União Europeia.
Na economia, devemos ter em conta que o crescimento infinito e artificial que este regime implementa é incompatível com os recursos finitos. É um imperativo proibir a cartelização de vastos sectores económicos, onde os preços, sempre os mais altos possíveis, são consertados em prejuízo dos cidadãos. Veja-se, a título de exemplo, a energia, os combustíveis, a habitação…
Acresce, também, que num Estado de Direito, para ser viável, o bom funcionamento dos mecanismos da Justiça é primordial. É forçoso corrigir progressivamente o sentimento geral de injustiça e de impunidade que grassa na sociedade portuguesa, fruto de constantes escândalos de corrupção que destroem a confiança nas instituições e no sistema político. O sistema judicial deve ao menos aplicar uma punição e reparação equivalente ao dano causado. Lembramos que a má gestão do património público é motivo para procedimento criminal. Todos os Governos deviam estar no banco dos réus! Ao invés, terminado o mandato, sentam-se nas administrações com grandes salários. O crime político na III República compensa, o que significa dizer que é um regime criminoso!
As sistemáticas estatísticas falsas, publicadas para convir à propaganda, não conseguem esconder a um olhar minimamente atento e exigente, o colapso moral, financeiro, ideológico e programático deste “Abril” que deixou Portugal à deriva.
Quando a população detesta ou despreza um regime, ele não tem forma de se manter, a não ser por via da opressão, da manipulação propagandística e da violência. É o que sucede com a III República: está desacreditada de tal forma, que não tem emenda nem futuro. Falhou em tudo, esta triste e miserável experiência iniciada em 25 de Abril de 1974, e aquilo que sobra é um regime lacaio do mundialismo, corrupto, traidor e criminoso!
O seu derrube, e o aparecimento de uma outra forma legítima de Governo, além de inevitável – apenas uma questão de tempo e oportunidade – é um dever patriótico! Para isso, os portugueses podem contar com o partido Ergue-te! para a tão almejada renovação nacional!
Envolver-se!
Comentários