Programa económico, situação actual
O legado de quarenta (40) anos de governação: uma tragédia nacional, um país três vezes levado à bancarrota.
“Os culpados pela situação actual do país foram a esquerda irresponsável, a direita dos interesses e o grande centrão da indiferença”
José Gomes Ferreira
A União Europeia, contando com a subserviência da classe política portuguesa, transformou a economia nacional numa espécie de “offshore” de Bruxelas, entreposto de turismo e serviços para as multinacionais.
Os números não mentem – A dívida
O peso da dívida pública tornou-se insuportável com valores superiores a 130% do Produto Interno Bruto (PIB), o mais alto de sempre, fruto de quatro decénios de ausência de uma estratégia de desenvolvimento que conduziu o país ao descalabro económico e a condições extremas de desigualdade social.
No fim dos primeiros dez meses de 2015, a dívida chegou aos 232.024 milhões de euros, mais de seis mil milhões acima do valor registado, no fim de 2014 (225.766,6 milhões). Curiosamente as instituições oficiais continuam a anunciar a previsão de 223.023,7 para o défice de 2015.
Os números não mentem – A pobreza
São mais de dois milhões de portugueses que vivem no limiar da pobreza. Uma classe média endividada e caminhando para o desaparecimento; as classes alta e média-alta prosperando desmesuradamente, aproveitando as fragilidades do sistema, são a melhor e inequívoca prova.
Fonte: INE
Os números não mentem – O desemprego
O desemprego aumentou de forma significativa, atingindo mais de 900 mil pessoas; hoje, a precariedade atinge um (1) em cada cinco (5) trabalhadores.
Aos 712,9 mil desempregados oficiais,
Fonte: INE 1º Trimestre
devemos somar os 291,3 mil, que na verdade estão inactivos por desmotivação.
Fonte: INE
Aliás, o único número que de facto interessa apurar é, quantas pessoas têm trabalho em Portugal.
Fonte: INE
Como se pode verificar, este número tem vindo a cair nos últimos quatro (4) meses, significando, deste modo, que existem cada vez menos empregos em Portugal. Ajustando a sazonalidade consegue-se, no máximo, considerar uma estabilização e tendo em conta o número de pessoas sem emprego, é inaceitável.
Os números não mentem – Os fundos
Portugal é o país mais atrasado da Europa Ocidental. Foi uma oportunidade perdida por falta de controlo, eficiência e eficácia na aplicação dos milhões em fundos concedidos por Bruxelas, que foram esbanjados e desperdiçados. O país não conseguiu lograr o desenvolvimento pretendido. O PNR considera que não haverá outra oportunidade!
«Entre 1986 e 2011, Portugal recebeu 80,9 mil milhões de euros em fundos estruturais e de coesão, que corresponde a nove milhões de euros por dia, injectados por Bruxelas no país.»
Ibidem: DN Economia 30/05/2013
Os números não mentem – Os salários
Salário mínimo em Portugal, cada vez mais longe da média da União Europeia.
O salário mínimo nacional é o mais baixo da Europa Ocidental, e a sua actualização é uma ilusão para os governos que querem transformar Portugal num país prestador de serviços a qualquer custo, nem que para isso tenham de sacrificar o bem-estar de milhões de portugueses.
Países do Euro em que existe salário mínimo:
Apostar em baixos salários é um acto suicida; o comércio, as pequenas e médias empresas que produzem para o mercado nacional, irão entrar em ruptura e o desemprego irá disparar em flecha. É preciso inverter esta política salarial de forma moderada.
Os números não mentem – As empresas
As políticas que têm sido levadas a cabo por estes sucessivos governos, têm vindo a agravar a situação económica das pequenas e médias empresas. Às PME, tudo é prometido, mas nada é feito. A nossa indústria tem estado sujeita a um Euro forte e a uma concorrência global descontrolada, um verdadeiro colapso económico; 770 mil desempregados registados em 2014. Os bens produzidos em países com mão-de-obra barata, ao serem importados para Portugal, levam a que muitas das empresas portuguesas fechem portas; uma competição injusta e desleal, que conduz muitos compatriotas ao desemprego. Todos os indicadores destas políticas estão no vermelho. Trata-se, portanto, de assegurar às empresas, energia eléctrica e combustíveis a preços mais competitivos e regulados pelo Estado e impostos adequados às suas funções, regulados em tabela única. Não podemos continuar a afogar as empresas nacionais, a força motriz de Portugal, levando-as à insolvência certa. Trata-se, também, de assegurar o emprego e salários dignos a milhões de portugueses.
Fonte: Observatório Racius
Os números não mentem – As contas do Estado
Mesmo sacrificando o bem-estar dos portugueses, arruinando as empresas e a produção nacional para satisfazer as multinacionais que mandam na EU, o Governo português ainda não conseguiu “arrumar a casa”; continua a ter saldos negativos nas contas públicas e uma dívida pública que não pára de crescer.
Soberania nacional em risco
Cerca de dois terços da dívida nacional, está nas mãos de estrangeiros, a quinta maior percentagem da EU, que coloca Portugal na dependência exclusiva dos grandes grupos financeiros, tornando o país mais vulnerável a crises externas. A soberania nacional está ameaçada; é urgente romper com as políticas irresponsáveis do passado.
A independência está em causa, uma vez que as duas principais formas básicas de governação económica de um país são:
– A “Monetarista” em que o Estado aumenta ou diminui a circulação monetária, conforme pretende expansão económica (ao aumentar a quantidade de dinheiro em circulação torna mais fácil o acesso a este, aumentando o consumo e o investimento), ou a retracção económica (diminuindo a quantidade de dinheiro em circulação, dificulta o acesso a este e por consequência, diminui a inflação e obriga a racionalizar os gastos).
– A “Keynesiana” em que o Estado, por meio de uma política orçamental, expande ou retrai a economia através de uma política de maior ou menor investimento público, criando o efeito “bola de neve”. O Estado, ao investir, cria emprego. Os empregados, tendo um salário vão consumir mais, logo as empresas vão vender mais, mas para que isso seja possível, terá de haver um aumento de produção, logo as empresas vão contratar mais pessoal, provocando com isto, um novo aumento de consumo.
Actualmente, os países governam com uma conjugação destas duas políticas. No entanto, Portugal perdeu o controlo sobre ambas. A política monetária é definida pelo BCE e o Conselho de Ministros do Euro e a política orçamental é imposta pela Comissão Europeia.
Por isso, a Soberania Nacional está claramente posta em causa.
[Veja na íntegra o Programa político do PNR]
Envolver-se!
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