Não a mais uma mesquita: audição dos peticionários
Não a mais uma mesquita
Uma delegação do PNR, composta por Paula Rocha, Rogério Santos e José Pinto-Coelho, foi recebida na Assembleia Municipal de Lisboa, no dia 9 de Novembro, para ser ouvida pela 3ª e 6ª Comissões Permanentes, respectivamente, sobre Ordenamento do Território e Direitos Sociais.
Numa audição com a presença de dezenas de Deputados Municipais, foram ouvidos estes três subscritores da petição pública contra a construção da nova mesquita em Lisboa.
José Pinto-Coelho explicou aos Deputados os pontos fundamentais que levaram a esta petição pública e que, resumidamente, passam pela nossa recusa a que dinheiros públicos financiem uma mesquita (trata-se de 3 milhões de Euros financiados pela Câmara Municipal de Lisboa), que nos opomos a que no coração de Lisboa se construa algo que nada tem que ver com a nossa matriz cultural e arquitectónica e, por último, e não menos importante, que uma mesquita constitui base para uma comunidade islâmica crescente, que gera alarme social e preocupação, do nosso ponto de vista. Rogério Santos frisou com veemência que é inconstitucional um Estado Laico gastar dinheiro do erário público em finalidades religiosas.
Alguns Deputados pediram esclarecimentos sobre as nossas posições, tendo elas sido prestadas. Dois deles, como seria de esperar, «ligaram a cassete» do dogma politicamente correcto, utilizado para silenciar quem pensa de modo diferente, e acusaram os peticionários de racismo e xenofobia, referindo que essas posições são proibidas pela Constituição e que não podem ter lugar naquele espaço. José Pinto-Coelho, em resposta aos dois, apenas disse que aquela era uma forma deplorável de censura, acrescentando que o problema deles é não estarem habituados a ouvir quem fale com coragem e frontalidade e que esse tipo de adjectivação não acrescenta nem retira nada à argumentação, pelo que iria manter a elevação, recusando-se a entrar nesse registo. Realça-se a recta posição dos Presidentes das Comissões que pediram aos Deputados que fossem objectivos nas questões e que se abstivessem de tecer opiniões pessoais. Uma Deputada pediu a palavra e referiu que nem estava a pensar em intervir, mas após os ataques daqueles dois colegas, não podia deixar de se pronunciar, dizendo que estava “totalmente de acordo com os peticionários”.
Esclarecidas as questões, terminou a reunião com um repto lançado por José Pinto-Coelho, que a CML tenha coragem de promover um referendo local sobre este tema tão sensível e polémico.
Ficou-nos uma clara impressão de que a exposição dos peticionários colheu a concordância, ainda que em surdina, de uma parte dos presentes. Agora resta esperar o desenrolar do processo. O PNR nunca desistirá de lutar por aquilo em que acredita, afirmando-se, cada vez mais, como único partido realmente diferenciador no espectro político nacional.
Envolver-se!
Comentários