O estranho caso da TSU
O governo e os parceiros sociais conseguiram chegar a um acordo de forma a aumentarem o ordenado mínimo e também compensarem, de alguma maneira, os empresários.
O PNR sempre se manifestou contra os baixos salários e uma economia assente em mão-de-obra barata, do mesmo modo que tem levantado a voz contra a pesada carga fiscal que cai sobre a nossas empresas e a falta de acordos que permitam alavancar a produção nacional.
Registámos com agrado o entendimento, embora muito curto e muito longe, daquilo que os trabalhadores e os empresários necessitam. Precisávamos era de um acordo de regime, um plano de pelo menos dez anos, de onde saíssem medidas que aumentassem o PIB e que criassem mais emprego e melhor remunerado. Um acordo impossível, por colidir com os interesses partidários e com a máquina eleitoral dos partidos do sistema…
Seja como for, do recente compromisso resultou o aumento do ordenado mínimo e uma redução da TSU para os empresários. Bloco de Esquerda e PCP levantaram logo a voz contra esta redução, o que é natural, vindo de partidos que são contra a livre iniciava e a propriedade privada, que têm um ódio figadal por tudo quanto é empresa fora das mãos daquele Estado tirano e explorador com que sonham, como são todos os Estados de países comunistas, em que impera a ditadura sobre o proletariado.
Mas a surpresa vem do PSD, que tinha defendido durante a campanha eleitoral a diminuição da TSU e que agora, por motivos de lógica partidária, junta-se à Esquerda para chumbar a medida. Os interesses “eleiçoeiros” falaram mais alto que os da Nação e, vergonhosamente, vai votar contra o acordo.
Para o PNR, a questão é bem clara. Embora com muito a apontar a este governo, nunca embarcaremos na política do “bota-abaixo”, nem nunca colocaremos os interesses do partido à frente dos interesses nacionais, já que, intrinsecamente, fizemos nossas as causas do nosso povo e as do nosso país.
Envolver-se!
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