Vieira, na Assembleia da República em jogo amigável
A audição de Luís Filipe Vieira em mais uma comissão de inquérito, ontem na Assembleia da República, veio mais uma vez provar a inutilidade destas comissões. Em primeiro lugar porque os “convidados de honra” mal se sentam naquelas cadeias sofrem logo de ataques de amnésia, depois porque o estilo de respostas que dão, mostra bem a impunidade que sentem por se saberem resguardados na teia da trafulhice que a todos une, dando-se ao luxo de gozar na cara dos deputados, e, pior ainda, na cara dos portugueses.
Luís Filipe Vieira é um artista com as costas bem quentes, mas além de o querermos ver atrás das grades e espoliado de todos os seus pertences, gostávamos de saber quem é que no Novo Banco permitiu todo este regabofe. O Vieira é culpado, mas quem lhe emprestou o dinheiro é ainda mais culpado e deveria bater com os costados na prisão e ter todos os bens confiscados. Afinal, quem emprestou o dinheiro e lucrou com isso?
A corrupção é endémica e alastra, neste regime que a tem cultivado. Acresce que a promiscuidade que ela gera entre política e futebol, é de tal forma insultuosa que devia revoltar todos os portugueses contribuintes, dado que para os partidos do sistema a começar no PS até chegar ao Chega, a “vontade” de combater a corrupção acaba e emudece quando toca aos seus clubes e seus dirigentes amigalhaços.
Nós não temos medo de dizer bem alto aquilo que muitos portugueses pensam e sabemos bem que a corrupção só vai acabar quando as leis deixarem de ser feitas por corruptos. A corrupção só acaba quando houver uma séria caça ao corrupto. A doer, e exemplar! Nenhum dos partidos que estão na Assembleia da República poderá ter a solução para o problema, porque eles mesmos fazem parte do problema. Eles são o próprio problema! As telhas, afinal, são comuns a todos eles, na Assembleia ou na “casa da corrupção”, como lhe queiram chamar.
Envolver-se!
Comentários