Viva a Revolução Nacional!
Todo o regime comemora o 25 de Abril, evocando-o como o Dia da Liberdade, vá-se lá saber de quê, visto que hoje tudo é obrigatório, proibido, vigiado e criminalizado, deixando um espaço cada vez mais estreito para alguma livre escolha. Sufoca-se! Na verdade, foi o dia do desmantelamento nacional e da grande traição que fez emergir uma classe poderosa corrupta, impune e anti-nacional.
Outros – a direita do regime – evocam também o 25 de Novembro, argumentando que em Abril “nos libertámos” do fascismo e em Novembro do comunismo. Não vêem, ou não querem ver que o 25 de Novembro de 1975, ao contrário da vitória que dizem ter tido sobre o comunismo, salvou-o, ao retirá-lo do beco em que estava metido, para o normalizar e sentar à mesa do novo sistema como par entre pares. O comunismo – e toda a extrema-esquerda – detinha o poder na rua, mas estava encurralado diante da reacção popular que, de modo particular no norte, o enfrentou também nas ruas e mostrou que o podia vencer com a sua mesma linguagem da violência. O acontecimento de Novembro, sob a aparência de restabelecimento da ordem (sim, efectivamente, marcou o início do fim do PREC), mais não fez do que oferecer uma saída airosa à continuidade da influência comunista em Portugal até aos dias de hoje. Ambos os “vinte cincos”, de Abril e Novembro, são datas comemoradas pela esquerda e direita do regime, respectivamente, optando por duas tonalidades diferentes, mas unidas no regozijo pela queda do anterior regime.
Aqueles que são contra este regime, como eu, como qualquer nacionalista, nunca as evocará. A evocar alguma data, evoca o 28 de Maio de 1926: a Revolução Nacional!
Foi o 28 de Maio que nos livrou da bandalheira republicana-maçónica que em dezasseis anos desgraçou a nossa Pátria, com oito presidentes de república, quarenta e cinco governos, bancarrota, perseguição religiosa, revoluções permanentes e assassinatos, desde logo, da única esperança de ressurgimento nacional que tinha sido o Presidente Sidónio Pais, em 1917. Sidónio, percussor do nacionalismo foi vilmente assassinado e com ele morrera o sonho que só vingaria com o 28 de maio de 1926.
Foi essa data, da Revolução Nacional, que inaugurou quarenta e oito anos de glória nacional, de estabilidade e recuperação, num regime patriótico e nacionalista, com claros desígnios nacionais, que configurou um momento alto no meio das tormentas que a Pátria vive há duzentos anos.
Celebrar uma data não é saudosismo, mas reconhecimento; não é anacronismo, mas exemplificação; não é querer voltar a velhas fórmulas, mas evocá-las como novas à sua época e merecedoras da nossa gratidão!
Abril acabou com um regime que, embora desgastado e apodrecido, precisava antes de ser renovado e restaurado o seu espírito. Novembro ratificou Abril, substituindo a roupagem revolucionária pela gravata e colarinho branco. Ambas as datas significam traição e regime anti-nacional. Não são, nem nunca serão minhas! A celebrar, celebro esta data de glória e patriotismo: viva o 28 de Maio! Viva a Revolução Nacional!
Envolver-se!
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