45 anos da Ponte Salazar | Não às portagens!
A crise (que eles geraram) tem sido justificação para todos os abusos e fardos colocados aos ombros dos portugueses. Enquanto, que por um lado, se cortam incentivos e apoios às famílias e empresas, agrava-se a carga fiscal sobre estes; enquanto se retiram regalias e direitos adquiridos, facilitam-se os despedimentos. Sobem desmesuradamente os preços dos transportes, o mesmo se verificando com muitos outros serviços e bens de primeira necessidade.
Para um número cada vez maior de portugueses – neste contexto em que só se carrega sempre nos mesmos – férias, significa passa-las em casa, e isso, claro está, para aqueles que ainda têm emprego e férias, já que para muitos outros, o drama atingiu patamares muito superiores. Mas até neste momento tradicional de laser e descanso dos portugueses, muitos deles vêm-se penalizados pela reposição de portagens na Ponte Salazar, durante o mês de Agosto.
O objectivo desta decisão governamental visa poupar cerca de 2,5 milhões de Euros ao Estado, ao deixar de subsidiar assim o mês de Agosto à parceria público-privada de Lusoponte. Mais uma vez se verifica a lógica dos governantes: os portugueses que paguem a crise! Mas quanto a fazer verdadeiros cortes na despesa pública, isso é que pouco ou nada se vê.
Se é verdade que essa decisão significa pouco no conjunto das penas a suportar pelos portugueses e afecta apenas um segmento local da população, é igualmente verdade que se trata de um gesto feio, já que o governo, ao menos aqui, poderia dar um sinal simbólico de incentivo à tão propalada mensagem do “passe férias cá dentro”, não as dificultando mais ainda.
A propósito desta questão da reposição das portagens na Ponte durante o mês de Agosto, e coincidindo com a data do 45º Aniversário da Ponte, o PNR vem protestar que:
– Não é justo que o esforço de combate à crise recaia sempre sobre as pessoas comuns. Por isso não aceitamos que ao cabo de tantos anos de isenção, se reponham as portagens em Agosto, já que isto significa um custo acrescido para os veraneantes, tanto na despesa da portagem em si, como sobretudo no tempo de bichas de trânsito e consumo de combustível;
– Não aceitamos o preço escandaloso das portagens da Ponte, que representa um verdadeiro roubo e penaliza quem vive na margem sul e vem diariamente trabalhar para Lisboa. A Ponte já está paga várias vezes! Por isso o valor das portagens deverá ser reduzido ao mínimo para fazer face exclusivamente aos custos de manutenção e não para sustentar a mamadeira da Lusoponte.
No dia 5 de Agosto às 17.30 horas, na Rotunda de Alcântara vamos levar o nosso protesto para a rua.
Envolver-se!
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