Regresso às aulas | Até quando, o mais do mesmo?
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Ao iniciar um ano lectivo sob a égide de um novo Governo, não se pode acalentar qualquer ilusão ou espectativa de grande melhoria, face às políticas educativas do anterior Governo PS, tão medíocres e confrangedoras como as suas protagonistas à frente do Ministério. A verdade é que todo o sistema educativo está enredado num pântano de vícios, à imagem do próprio do Regime, levando a que este novo ano escolar seja apenas mais um entre os últimos 37 de desnorte e experiências.
O Estado tem sufocado em Portugal a liberdade de ensinar e de aprender, condicionando política e ideologicamente as técnicas didácticas e os próprios manuais escolares, colocando toda a “máquina” da Educação ao serviço do laicismo, do republicanismo e do socialismo.
Enraizou-se na Educação, a ideia de que esta deve basear-se no princípio do prazer, sendo mais importante a diversão dos alunos do que a aprendizagem das matérias. A pedagogia do esforço foi criminosamente abatida, como o foi, de igual modo, o exercício da memória e do raciocínio lógico. Os exames, os trabalhos de casa e outras provas afins foram igualmente reduzidas, ou mesmo banidas, por serem no entender dos “cientistas da educação” uma fonte de stress para os alunos.
A Escola, outrora centrada no professor e na aprendizagem, passou a ser centrada no aluno e nas sucessivas experiências educativas, mas, mais recentemente, e pior ainda, passou a sê-lo nas estatísticas do “sucesso escolar” a divulgar, e nos números cruéis de uma economia que corta em toda a parte.
De desastre em desastre, chegámos a este ponto deplorável onde, ao longo de uma geração, se substituiu a formação académica e humana, por uma indústria de ensino que, além do mais, é uma perfeita fábrica de ignorantes onde o facilitismo crescente constitui uma fraude na avaliação dos alunos e uma coacção sobre os professores.
O PNR entende que é preciso reconstruir uma escola centrada no conhecimento, no saber e na aprendizagem das matérias, bem como na formação do carácter e das virtudes humanas. Deve ser esta, um espaço e local onde se aumentem os níveis de exigência do ensino e se combata o facilitismo; onde obediência, respeito, responsabilidade, esforço e mérito, voltem à ordem do dia.
Há que resgatar o ensino da politização esquerdista e da ditadura do politicamente correcto, que formata as mentes a atrofia o seu pleno desenvolvimento. Há que acabar com o lóbi da indústria de manuais escolares que, desvirtuando a sua verdadeira função, os transforma num amontoado de páginas coloridas cheias de palha e pouco conteúdo útil, pesando demasiado nos bolsos dos pais e nas mochilas dos filhos.
Importa restaurar o respeito pela figura do professor e a dignidade da sua carreira, bem como o ambiente de segurança vivido dentro e nas imediações das escolas.
Se há prioridade estratégica para a reconstrução de Portugal, esta consubstancia-se de facto na Educação da nossa Juventude! Educação para os valores e virtudes a par da formação académica e científica são uma meta e uma prioridade!
Envolver-se!
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