4ª Convenção Nacional | Discurso de José Pinto-Coelho no encerramento
Os trabalhos da IV Convenção Nacional terminaram, após um dia e meio de trabalho intenso e troca de ideias, com a eleição da lista para os Órgãos Sociais que tenho a honra de encabeçar.
Agradeço a todos os que, não hesitando em dar a cara, aceitaram fazer parte desta equipa de trabalho.
Agradeço aos filiados participantes desta Convenção que elegeram a minha lista para os Órgãos Sociais com um expressivo e inequívoco apoio.
A esses e aos demais, reafirmo que me encontro ao leme desta grata aventura porque em 2005 ninguém mais se dispôs a tal empreendimento, e como tal, entendi ser meu dever de Nacionalista e Patriota, em consciência, não permitir a implosão do PNR que esteve eminente nesse ano por falta de quem assumisse a sua liderança.
Assim me encontro, passados 5 anos, eleito para um novo triénio, com o mesmo espírito de serviço de então. Não olho a sacrifícios nem regateio esforços e riscos em nome deste ideal que abraço: o nacionalismo e desta Nação que amo: Portugal!
Hoje com uma visão talvez mais realista das dificuldades e do combate, com mais experiência, mas sobretudo com muito que aprender, digo Presente perante o combate que está para vir, norteado pela máxima do meu Camarada Craveiro Lopes: “Não venci sempre que lutei, mas perdi todas as vezes que o deixei de fazer”.
Para trás ficam as etapas do PNR a que chamei de “Era da Fundação”, entra 2000 e 2005 e de “Era da Projecção”, entre 2005 e 2009. Hoje, inicia-se a “Era da maturidade”. Assim o espero e desejo.
Não posso concordar nem aceitar a expressão já ouvida aqui e acolá que utiliza o termo “refundação” do Partido. Rejeito em absoluto tal ideia por ser impreciso e injusta. Não se pode fazer tábua rasa dos 10 anos anteriores que desenharam um caminho corrido com coragem e riscos. Tenho grande orgulho nas batalhas desse passado e nos seus agentes. Com erros e acertos, sucessos e insucessos, vitórias e derrotas, alegrias e sofrimentos…
O PNR de hoje, conta além disso com os mesmos três dirigentes a presidirem respectivamente os seus três órgão nacionais e com a maioria dos membros desses mesmos órgãos numa linha de continuidade.
Mais: os fundamentos político-ideológicos do PNR são intocáveis nos seus pontos firmes e basilares!
Não se trata por isso de uma refundação, mas sim de um virar de página, não só natural como desejável.
As entradas de novos membros para corpos dirigentes, essas sim, são para mim sinal de entrada numa nova etapa na qual o trabalho estruturado, com continuidade e credibilidade, apontam um caminho de mudança, para melhor, e uma esperança de amadurecimento.
Urge que o PNR redefina estratégias e prioridades.
Queremos que, não obstante todas as dificuldades e limitações, a nossa mensagem chegue até todos os portugueses. Queremos que os portugueses nos sigam, para bem de Portugal!
Para isso, como prioridade, temos que chegar em primeiro aos que estão mais abertos a entenderem e abraçarem a nossa mensagem: ex-combatentes, reformados, desempregados, empregados precários e “reféns” jovens… Mas a prioridade das prioridades, para nós, têm que ser os próprios Nacionalistas: os que votam PNR, os que nos apoiam, os filiados, os activistas. Estes sim, têm que ser o “alvo” primeiro das nossas prioridades!
Impõe-se pois, um sério trabalho de organização interna e de comunicação entre os nossos. É nisto que temos que nos centrar e realizar um verdadeiro trabalho de formiga que garanta uma forte fidelização das pessoas e implantação, um pouco por todo o lado.
Recorrendo agora às sábias palavras de Bergson, “temos que agir como homens de pensamento e pensar como homens de acção”. Estas duas realidades, pensamento e acção, têm que crescer em uníssono.
De nada nos interessa um “pensamento” que estando acessível apenas a alguns que, em tertúlias de escárnio e mal dizer, fica circunscrito, atrofiado e estéril. De nada nos interessa também uma “acção” primária e sem critério, sem objectivos concertados e consequentes que, satisfazendo caprichos imediatistas cria uma ilusão que rapidamente desilude.
Precisamos de criar sinergias entre estes dois planos; temos que estabelecer uma conexão inteligente e eficaz entre estas duas realidades. A argamassa que liga estas vertentes e as consolida é o trabalho. Trabalho continuado, sério e credível! Não é fácil nem de resultados imediatos, mas é necessário e possível!
Que cada um de nós faça sempre, tudo aquilo que pode e sabe, e a mais não é obrigado. Que o faça com espírito de iniciativa e de disciplina; mas que faça!
Assim, com a mesma determinação e entrega de sempre, ao terminar os trabalhos desta Convenção e com eles iniciar mais um mandato de três anos, asseguro-vos que, com espírito de missão e por vossa vontade expressa, me manterei à frente dos destinos do PNR fazendo o que sei e o que posso. E comigo, insisto, o PNR continuará o seu caminho sem vacilar e sem desvirtuar o seu carisma de partido Nacional, Social e Radical.
Que viva o PNR, para que viva Portugal!
Envolver-se!
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