Discurso de Andreia Sousa no Dia 10 de Junho de 2012
Parámos aqui, simbolicamente, em frente à maior maternidade do país, ameaçada de morte, à imagem do que sucede com Portugal!
O médico que deu nome a este hospital, sempre lutou pela vida e não se cansava de solicitar condições dignas para as mulheres grávidas. Morreu em 1910 sem ver concretizado o seu grande sonho: a inauguração de uma maternidade em Lisboa para as mulheres que queriam viver esse momento mágico – dar à luz uma vida.
Desde que a lei de despenalização do aborto entrou em vigor, em meados de 2007, a IVG custou aos cofres do Estado quase 45 milhões de euros. Contas feitas, em média, cada aborto custa quase 700 euros ao Serviço Nacional de Saúde, sendo comparticipado totalmente por este, ao contrário dos cuidados de saúde à população que têm taxas cada vez maiores e afastam os utentes dos seus cuidados de saúde primários.
Conforme os dados da Direcção-Geral da Saúde 19 802 abortos foram realizados em 2011, e mais de 5000 mulheres são reincidentes, chegando algumas a superar os 7, 8… 10 abortos!
Tem-se direccionado a complexa questão do aborto exclusivamente para mulher, sendo o feto uma parte igual a qualquer outra: “o corpo é meu e faço o que quero com ele” – é um conhecido slogan que representa esta mentalidade.
Mas, a partir do momento em que há uma criança, símbolo de uma nova vida, essa parte do corpo torna-se irremediavelmente diferente das outras, ainda mais por ser um estado temporário, natural e que altera organicamente aquela fracção do Todo. Poder-se-á falar então do “corpo que é só da mulher”?
Este é o momento em que ela deixa de ser uma simples fêmea e passa a ter um pólo VIVO de relação forte com o companheiro, com a comunidade e num contexto social que a abraça como portadora de uma nova vida.
Impõem-nos o conceito da “gestão do próprio corpo”, em detrimento do conceito clássico e nobre da “gestação”. Progresso ou retrocesso civilizacional?
Ao contrário do que se afirma, a actual lei não exalta a mulher: degrada-a, redu-la ao próprio corpo, pois isola-a num momento tão especial, remete-a a um viver animalesco e de barbárie, materialista, sem lugar a nenhuma referência de ordem superior, onde não há espaço para um mínimo de laços sociais.
E quem defende o direito do pai ser Pai? Não tem ele uma função nobre e espiritual nesta criação? Ou remetê-lo-emos à função de simples prestador de serviços sexuais – objecto descartável de satisfação de impulsos momentâneos?
E quem defende o direito do ser vivo, ainda incompleto, ainda não nascido?
Curiosidade: as “esquerdas”, que recusam o direito de condenar à morte o pior dos criminosos, o mais temível dos corruptos, o mais perigoso dos homicidas, são as mesmas que depois dão “carta branca” às mulheres que pretendem matar um ser vivo – que pode não estar completo, mas nem por isso deixa de o ser.
E quem defende o direito da comunidade em acolher este novo membro?
É mais que conhecida a nossa pirâmide demográfica: enfrentamos um problema muito grave de envelhecimento da população – e já chegámos ao ponto em que anualmente há mais óbitos que nascimentos.
Mas há um outro problema, para além do envelhecimento. Em 2011, houve no nosso país mais nascimentos de não Portugueses do que de Portugueses, o que configura uma realidade não só Portuguesa, mas que se alastra por toda a Europa: a substituição Étnica. A política das fronteiras abertas e da imigração sem controlo, patrocinada pelo sistema liberal-capitalista vigente, tem trazido não Europeus para a Europa que se reproduzem a taxas muito superiores à dos autóctones, com as consequências que já se começam a sentir.
Não tenhamos ilusões: estamos a falar da sobrevivência da nossa civilização, tal como a conhecemos.
Segundo o estudo recente de uma ONG, criar um filho até aos 18 anos tem um custo aproximado de 62500€: são 3472€/ano, 9,5€/dia, 0,40 €/hora. Valerá a pena?
Só as políticas Nacionalistas que o PNR defende poderão inverter esta situação, através da efectiva defesa da Família Portuguesa e do incentivo ao crescimento demográfico nacional e à nossa vitalidade enquanto Nação!
Envolver-se!
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