Do Presidente aos Nacionalistas | Janeiro de 2010
Os trabalhos da IV Convenção Nacional terminaram, após um dia e meio de trabalho intenso e troca de ideias, com a eleição da lista para os Órgãos Sociais que tenho a honra de encabeçar.
Agradeço a todos os que, não hesitando em dar a cara, aceitaram fazer parte desta equipa e agradeço aos participantes da Convenção, que elegeram esta lista com um expressivo e inequívoco apoio.
A estes e aos demais, reafirmo que me encontro ao leme desta grata aventura porque em 2005 ninguém mais se dispôs a tal empreendimento, e como tal, entendi ser meu dever de Nacionalista e Patriota, em consciência, não permitir a implosão do PNR que esteve eminente nesse ano por falta de quem assumisse a sua liderança.
Assim me encontro, passados 5 anos, eleito para um novo triénio, com o mesmo espírito de serviço de então. Não olho a sacrifícios nem regateio esforços e riscos em nome do ideal Nacionalista que abraço e desta Nação que amo: Portugal!
Hoje com uma visão talvez mais realista das dificuldades e do combate, com mais experiência, mas sobretudo com muito que aprender, digo Presente perante o combate que está para vir, norteado pela máxima do meu Camarada Craveiro Lopes: “Não venci sempre que lutei, mas perdi todas as vezes que o deixei de fazer”.
Para trás ficam as etapas do PNR a que chamei de “Era da Fundação”, entre 2000 e 2005 e de “Era da Projecção”, entre 2005 e 2009. Hoje, inicia-se a “Era da maturidade”. Assim o espero e desejo!
Não posso concordar nem aceitar a ideia já ouvida, aqui e acolá, que utiliza o termo “refundação” do Partido. Rejeito-a em absoluto por ser imprecisa e injusta. Não se pode fazer tábua rasa dos 10 anos anteriores que desenharam um caminho corrido com coragem e riscos. Tenho grande orgulho nas batalhas desse passado e em quantos as protagonizaram. Com erros e acertos, sucessos e insucessos, vitórias e derrotas, alegrias e sofrimentos… foram parte de um caminho obrigatório, sujeito a todas as crises de crescimento.
O PNR de hoje, conta além disso com os mesmos três dirigentes na presidência dos três órgãos nacionais e com a maioria dos membros desses mesmos órgãos a serem reconduzidos numa linha de continuidade.
Mais: os fundamentos político-ideológicos do PNR são intocáveis nos seus pontos firmes e basilares!
Não se trata por isso de uma refundação, mas sim de um virar de página, não só natural como desejável.
As entradas de novos membros para corpos dirigentes, essas sim, são para mim sinal de uma nova etapa que se inicia, na qual o trabalho estruturado, com continuidade e credibilidade, apontam um caminho de mudança, para melhor, e uma fundada esperança de amadurecimento.
Urge que o PNR redefina estratégias e prioridades.
Queremos que, não obstante todas as dificuldades e limitações, a nossa mensagem chegue a todos os portugueses. Queremos que eles nos sigam, para bem de Portugal!
Para isso, a prioridade é a de chegarmos em primeiro aos que estão mais abertos a entenderem e abraçarem a nossa mensagem: ex-combatentes, reformados, desempregados, empregados precários e “reféns”, jovens… Mas a prioridade das prioridades, essa, tem que ser os próprios Nacionalistas: os que votam PNR, os que nos apoiam, os filiados, os activistas. Estes sim, têm que ser o nosso “alvo” prioritário!
Impõe-se pois, um sério trabalho de organização interna e de comunicação entre os nossos. É nisto que temos que nos centrar e realizar um verdadeiro trabalho de formiga que garanta uma forte fidelização das pessoas e implantação, um pouco por todo o lado.
Recorrendo agora às sábias palavras de Bergson, “temos que agir como homens de pensamento e pensar como homens de acção”. Estas duas realidades, pensamento e acção, têm que crescer em uníssono.
De nada nos interessa um “pensamento” que, acessível apenas a alguns, em tertúlias de escárnio e mal dizer, fica circunscrito, atrofiado e estéril. De nada nos interessa também uma “acção” primária e sem critério, sem objectivos concertados e consequentes que, satisfazendo caprichos imediatistas cria uma ilusão que rapidamente desilude.
Precisamos de criar sinergias entre estes dois planos; temos que estabelecer uma conexão inteligente e eficaz entre estas duas realidades. A argamassa que liga estas vertentes e as consolida é o trabalho. Trabalho continuado, sério e credível! Não é fácil nem de resultados imediatos, mas é necessário e possível!
Que cada um de nós faça sempre, tudo aquilo que pode e sabe, e a mais não é obrigado. Que o faça com espírito de iniciativa e de disciplina; mas que faça!
Assim, com a mesma determinação e entrega de sempre, ao terminar os trabalhos desta Convenção e com eles iniciar mais um mandato de três anos, asseguro-vos que, com espírito de missão e por vossa vontade expressa, me manterei à frente dos destinos do PNR fazendo o que sei e o que posso. E comigo, insisto, o PNR continuará o seu caminho sem vacilar nem desvirtuar o carisma de partido Nacional, Social e Radical.
Que viva o PNR, para que viva Portugal!
José Pinto-Coelho | 18 Janeiro 2010
(*) Texto baseado nas palavras proferidas no discurso de encerramento da IV Convenção Nacional.
Envolver-se!
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