Balanço do mandato 2010-2012
Findo mais um mandato, impõe-se efectuar uma breve resenha dos factos mais marcantes da etapa que agora se conclui.
Até mesmo o observador externo facilmente se apercebe de que, não obstante os parcos recursos do PNR, o partido atingiu, nos últimos anos, um grau de maturidade digna de registo, caracterizada por uma presença crescente e assídua nas ruas, quer através de actos públicos, quer pela propaganda difundida pelos militantes.
A onda crescente e constante de activismo não surge por acaso, mas sim de um incremento de organização interna, criação de novos núcleos locais e dinamização dos já existentes.
Pela primeira vez na sua história, o PNR logrou apresentar nas Eleições Legislativas (em 2011), candidatos em todos os círculos eleitorais, constituindo uma das raras excepções no tocante aos partidos políticos sem representação parlamentar.
Trata-se de um processo extremamente burocrático e moroso, implicando a obtenção de documentos e de certidões relativa a centenas de candidatos, podendo em caso de lapso, ou má vontade do juiz que analisa o processo, incorrer-se na invalidação liminar de toda uma lista de candidatos a determinado círculo, como infelizmente já sucedeu no passado. Importa também referir a presença de representantes do PNR em mais de 300 mesas de voto.
Sem estar ainda ao nível almejado, o PNR registou nas últimas eleições legislativas um crescimento assinalável, tendo obtido o seu melhor resultado de sempre neste tipo de escrutínio, ao recolher a preferência de cerca de 18 mil eleitores.
No tocante ao relacionamento internacional do partido, após várias reuniões no Parlamento Europeu em que foram debatidas as etapas necessárias à obtenção do reconhecimento oficial da Aliança Europeia de Movimentos Nacionais por parte das instâncias europeias, nomeadamente na exigência do patrocínio do número de eleitos consignado na legislação comunitária, foi finalmente atribuído à associação um estatuto idêntico ao das restantes correntes políticas representadas em Estrasburgo.
Neste âmbito, realizou-se um encontro em Julho deste ano em Milão, e, entre os dias 19 e 21 de Outubro, está a decorrer o 1º Congresso da AEMN na Hungria.
Para além das actividades que se prendem com a aliança europeia, o PNR esteve em 2010 representado em Tóquio, no encontro internacional de movimentos patrióticos, que reuniu na capital nipónica figuras de topo do nacionalismo, entre elas o fundador da Frente Nacional francesa, Jean Marie Le Pen.
Convém realçar, que as deslocações ao estrangeiro são sempre custeadas pelos próprios dirigentes, pelo que não constituem qualquer encargo para as finanças do partido.
Na esfera interna, logo após o término da última convenção, e como muitos dos presentes estão a par, alguns militantes recentes e não só, que se pensava terem aderido com os melhores intuitos, declararam uma guerra sem quartel à CPN acabada de eleger (e na qual eles próprios tinham votado).
Numa primeira fase, tentaram, valendo-se de alguma credibilidade que possuíam e mercê dos cargos que ocupavam no PNR, arregimentar militantes de boa-fé para um projecto paralelo, a pretexto de ajudarem o partido. Mas o PNR seguiu em frente.
Para além do reforço da unidade interna, o PNR, em pouco tempo, registou uma significativa vaga de adesões, que ultrapassou em larga escala a partida da maioria dos nefastos conspiradores, pelo que a sua ausência, longe de constituir uma lacuna, é sinónimo de estabilidade, dinamismo e união, indispensáveis à consecução dos objectivos do partido.
Diariamente, há um sem número de tarefas burocráticas inerentes ao funcionamento do partido.
Não dispondo de funcionários para realizarem tal serviço vital, são os próprios dirigentes que se deslocam aos correios para levantar a correspondência dos apartados, enviar encomendas contendo o material solicitado pelos militantes, efectuar depósitos bancários e entregar autorizações de transferência.
O atendimento telefónico, que em período eleitoral é incessante, pois quase todas as juntas de freguesia do país entram em contacto por esta forma, para além da resposta a e-mails e pedidos de informação, consomem tempo precioso de quem, em simultâneo, exerce uma actividade profissional externa ao partido. Ou seja, de todos os dirigentes, visto que todos têm famílias para sustentar e ninguém recebe qualquer remuneração pelo seu trabalho para o partido.
A organização de eventos e tudo o que isso implica, o dispêndio de tempo com a criação de propaganda e a sua produção, a par das actividades referidas anteriormente, mau grado a escassa visibilidade, são tarefas extenuantes mas realizadas sempre de forma gratuita, de modo a salvaguardar as quotizações dos militantes.
Para concluir, importa efectuar um agradecimento sincero à Secretária-Geral que agora cessa funções, Alexandra Ginja, pelos seus valorosos préstimos e abnegação, sem olvidar as inúmeras horas dedicadas em prol do PNR, sacrificando amiúde, a sua vida pessoal e profissional.
Envolver-se!
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