PNR realizou os seus II Estados Gerais
Decorreram, nos passados dias 15 e 16 de Fevereiro, os II Estados Gerais do PNR, num hotel em Lisboa. O evento contou com a participação de um total de quase 150 pessoas, e o seu saldo é claramente positivo.
As várias intervenções, que deram o mote a posteriores debates, forneceram muita matéria concreta para análise e reflexão que, tal como pretendido, possa vir a configurar muitas das futuras propostas programáticas do PNR.
No sábado de manhã, após o Presidente, José Pinto-Coelho ter declarados abertos os trabalhos, coube ao Vice-Presidente, João Pais do Amaral, proferir o discurso de abertura, no qual traçou a evolução do nosso partido desde os primeiros Estados Gerais em Outubro de 2011, em Alcobaça, e delineou os objectivos para a presente edição.
Seguiu-se a palestra do Conselheiro Nacional Dr. Miguel Costa Marques, que na sua intervenção sobre “A Justiça como condição para o crescimento económico” enunciou os principais problemas com que Portugal se debate nessa área, que se pretende independente, e defendeu uma profunda reestruturação da mesma.
Depois do almoço, que permitiu o convívio entre muitos dos que marcaram presença da parte da manhã ou que entretanto tinham chegado para a parte da tarde, foi a vez do Prof. António Bernardo fazer um balanço da economia em Portugal ao longo do século XX, com especial incidência no pós-1974, mas sobretudo analisando o período pós-adesão ao Euro. Este professor universitário explicou detalhadamente porque chegámos a este estado de bancarrota e apontou os caminhos viáveis para Portugal, sustentando, desde logo, a saída do Euro como desejável, mas alertando, igualmente, para os inúmeros riscos e dificuldades que tal decisão acarreta, e que, como tal, devem ser acautelados ao máximo.
Passou-se depois à intervenção da Dra. Evelyn Morais e Castro, com “As perspectivas e desafios do desmantelamento do Estado na era da mundialização: o papel fulcral do cidadão”, onde traçou um cenário em muito semelhante e complementar ao da palestra anterior, propondo, contra este estado calamitoso e contra esta agenda intencional de desmantelamento de Portugal, o papel activo do cidadão.
Nesse contexto, explicou a viabilidade de se constituir uma plataforma de cidadãos que exijam uma auditoria às contas do Estado das últimas décadas, a fim de se apurar que parte da dívida externa é legal e que parte é ilegal. A ser levada a cabo tal auditoria, toda a dívida ilegal ficaria automaticamente anulada e os responsáveis seriam julgados e condenados, à semelhança do que aconteceu, por exemplo, na Islândia. O PNR fará desta causa, que exige muita coragem, também uma causa e luta sua.
O dia seguinte iniciou-se com um painel que permitiu o diálogo entre os membros da Comissão Política Nacional e as pessoas presentes, que tiveram oportunidade de colocar todas as questões que entendessem e de ficar informadas sobre diversos assuntos relativos ao PNR.
De tarde, Vítor Ramalho, membro da Comissão Política Nacional, proferiu uma palestra sobre “Os Impostos na perspectiva nacionalista”, onde realçou os princípios da flexibilidade, da ponderabilidade e da justiça que seriam aplicados num modelo nacionalista de regime, que preconizamos, e que se encontram nos antípodas deste modelo actual, que encara os impostos cegamente, usando-os como arma de roubo aos contribuintes e com a injustiça própria da suas ideologia igualitária.
O orador seguinte, Dr. José António Cunha Coutinho, explicou o actual “Conceito Estratégico de defesa Nacional” que, em boa verdade, e tal como se verifica, nada tem de estratégico nem de útil ou viável, desde logo pelo facto de não estar orientado para um desígnio ou objectivo nacional a longo prazo que lhe dê sentido.
Contrapôs assim a sua visão e o seu contributo para uma estratégia nacional, assente na nossa matriz histórico-cultural, no nosso capital de riqueza singular no que toca ao bom relacionamento com outros povos, entre os quais deveremos encontrar mercados e parcerias que sirvam de charneira entre a Europa e o mundo.
Como exemplo contrário, apontou a actual agenda do regime, acorrentada a um projecto europeísta que nos aniquila, como a grande culpada e como algo que não garante qualquer futuro a Portugal, perspectiva que já fora sustentada na véspera pelo Prof. António Bernardo.
O Prof. Humberto Nuno de Oliveira teve a seu cargo a última apresentação do dia. Tipificando erros do Nacionalismo em Portugal nos últimos 40 anos, apontou, como consequência, os caminhos futuros, com base na aprendizagem e vontade de aperfeiçoamento, que, em boa verdade, estão consubstanciadas no Nacionalismo Renovador, doutrina criada pelo PNR nos seus anteriores Estados Gerais e cujo desenvolvimento temos vindo a empreender com determinação.
Por fim, coube ao Presidente do PNR, José Pinto-Coelho, proferir o discurso de encerramento, dando nota realista das dificuldades da luta que travamos, mas também da certeza do sucesso que resultará deste caminho que percorremos apesar de todas as limitações.
Concluiu-se com o Hino Nacional, após o qual o Vice-Presidente, João Pais do Amaral, declarou encerrados esta 2ª edição dos Estados Gerais do PNR.
Envolver-se!
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