Entrevista do Candidato às Europeias 2014 – “Diário de Notícias”
Transcrevemos aqui a entrevista concedida pelo nosso cabeça-de-lista às Europeias 2014 ao Diário de Notícias de dia 14 de Maio, da autoria de Lília Bernardes.
“Abrir as portas aos imigrantes é enganá-los”
O candidato do Partido Nacional Renovador é contra a abertura de fronteiras e afirma que a entrada de mais imigrantes no País é criar “autêntico barril de pólvora social”
Quais são as linhas de fundo que sustentam a sua candidatura?
Em termos necessariamente muito gerais diria que defendemos uma aliança europeia de Pátrias soberanas que se oponha à ditadura federal de Bruxelas; afirmamos a soberania e a independência de Portugal por oposição a uma política de submissão a decisões externas agravadas pelo tratado de Lisboa; defendemos a saída, estudada e cautelosa, da moeda única e a sua substituição por uma respeitada moeda nacional; à cultura da subsidiodependência e das quotas e dos abates opomos a necessidade de um país produtivo e economicamente desenvolvido; opomo-nos à entrada desregrada de trabalhadores estrangeiras no mercado português através de um eficaz controlo de fronteiras, da abolição dos acordos que possibilitam as fronteiras escancaradas; defendemos o respeito pela nossa identidade, herança e património por oposição ao mundialismo multicultural, destruidor de culturas e nações; advogamos a saída da OTAN e a criação de uma verdadeira alternativa europeia.
O PNR fundamenta-se em valores que entende basilares e essenciais que são eles os da: Nação e Identidade, Família, Trabalho, Independência Nacional e Património Histórico-Cultural. Como enquadrar estes valores nas políticas da União?
O PNR advoga desde sempre a defesa de um modelo de Europa de Pátrias, o que pressupõe uma Europa de Europeus e dos seus valores. Queremos, pois, uma Europa onde as pátrias tenham voz, e não um monstro federal. Queremos uma Europa onde os valores europeus, próprios do nosso espaço geográfico e civilizacional, possam ser defendidos. Uma Europa, em suma, onde não tenhamos de abdicar de nada do que somos para sermos algo que já nos é inato: sermos Europeus.O PNR é assim a favor de todas as nações. Como tal, é contra o modelo federal que os grandes lóbis e os políticos vassalos de Bruxelas (representados em Portugal pelos partidos do arco do sistema) nos querem impor. O federalismo é um sistema centralista, pesado, burocrático, que suga a liberdade das Nações, obrigando todos os povos europeus a submeter-se a políticas que são contrárias aos seus interesses. Por muito que se diga o contrário, o federalismo europeu é um atentado à liberdade dos povos, porque lhes rouba a sua soberania e a transfere para Bruxelas. Por estas razões se percebe que não pretendemos estar dependentes dessas “políticas da União” que, obviamente, não servem os povos europeus mas apenas os interesses dos seus governantes.
Se for eleito em que grupo irá integrar-se?
Será necessário observar a nova arquitectura do futuro parlamento europeu para poder decidir sobre tal questão. Não obstante arrisco dizer que muito provavelmente o PNR se integraria no grupo onde vier a estar a Frente Nacional francesa.
Qual é a sua posição sobre a emigração na Europa? Na sua otica que medidas deveriam ser ou não ser tomadas?
Será lícito que, sem termos sido consultados, nos escancarassem as fronteiras, ao abrigo de objectivos mundialistas e multiculturalistas, deixando a nossa Europa, e suas Pátrias, à mercê de uma crescente criminalidade e uma progressiva subversão dos seus valores? Conhecemos a resposta da esmagadora maioria dos portugueses, que é também a nossa: Não!
O PNR jamais abandonará a defesa de Portugal e dos Portugueses. Jamais pactuará com aqueles que nos vendem a retalho. Os políticos portugueses, ao embarcarem consciente ou inconscientemente no barco dos mundialistas que pululam em Bruxelas, e demonstrando face à imigração uma permissividade incompreensível, permitem que toda a miséria do mundo se instale clandestinamente na Europa, ao arrepio das próprias leis em vigor sobre a matéria. Também neste aspecto, abdicaram das suas responsabilidades na defesa incondicional do bem-estar dos povos europeus que deveriam representar.
Com efeito, os clandestinos ou não são expulsos, como a lei determina, ou são irregularmente regularizados. Ante a pressão dos poderes instituídos em Bruxelas, cada vez mais imigrantes ilegais vão poder instalar-se na Europa. Os grupos de pressão anti-nacionais e os lóbis imigracionistas procuram inculcar na opinião pública o pensamento único de que a imigração é uma “vantagem para nós”.Mas que vantagem, num país com um desemprego real a rondar os 20%? Que vantagem, se somos um país pobre? Que vantagem, se estamos em crise e corremos o risco de estarmos a atrair pessoas de fora para virem acabar por cair em situações de pobreza, criando assim um autêntico barril de pólvora social? Na situação actual, abrirmos as portas aos imigrantes é enganá-los e agravarmos a nossa crise.
O PNR é um partido eurocéptico? Como vê o avanço dos partidos da extrema-direita na Europa?
O PNR não é um partido eurocéptico porque é talvez o que mais se preocupa com a Europa. É sim contra este modelo de Europa. Alguém nos perguntou se queríamos, ao entrar na União, abdicar de valores sagrados e transferir para as mãos de federalistas valores fundamentais de uma Pátria soberana? Não! Tudo nos foi ocultado até supostamente um ponto de não retorno. É tempo, pois, de afirmarmos alto que queremos de volta um Portugal verdadeiramente independente numa Europa de pátrias verdadeiramente livres.Neste Estado federal europeu, Portugal não é mais do que um mero espectador da vida política, não tendo qualquer hipótese de salvaguardar os seus legítimos interesses e de aproveitar assim os seus recursos para salvar o seu povo da miséria em que interesses alheios o mergulharam. Daqui resulta que uma Europa federal é totalmente contrária à autodeterminação e liberdade dos povos e não passa, no fundo, de uma forma de totalitarismo com máscara benevolente de democracia.O PNR reafirma bem alto que só há pessoas livres e independentes se os seus países forem livres e independentes na comunidade das nações. Vemos assim, com natural satisfação que noutras nações as forças nacionalistas que defendem estes valores cresçam, havendo chegado ao fim as falácias da solidariedade europeia que, na realidade, agrilhoou os povos. Há uma consciência europeia que começa a erguer-se e tal é extremamente positivo.
Sendo eleito que posição irá defender sobre a dívida portuguesa?
A questão da dívida integra-se, naturalmente, na questão mais vasta do euro. Mas seguramente que seria necessário auditar cuidadosamente as contas do Estado para verificar o que vem sendo a despesa do mesmo e internamente pedir responsabilidades a todos quantos vêm passando impunes na situação de ruína que trouxeram a Portugal. Essa é sem dúvida a prioridade. A culpa não pode continuar eternamente solteira em Portugal! Têm que ser punidos todos os responsáveis por este estado de coisas, entre os quais se encontram os que agora falam à boca cheia do retorno aos campos e ao mar, mas assinaram o desmantelamento de todas essas fontes de riqueza.
A crise do euro acabou, como disse Durão Barroso? Qual é a sua posição face à moeda única.
Em primeiro lugar discordo da premissa de que a “crise do euro acabou”. O euro insere-se nas flutuações de uma enorme crise financeira/bancária internacional, que é fundamentalmente estimulada pela banca e seus interesses e que está longe de ter acabado. Quanto ao portador da notícia, o mesmo que há uns anos afirmou ter provas de que havia armas de destruição massiva no Iraque, afirmação que provocou uma guerra, estamos, creio, conversados…Quanto à moeda única importa lembrar que para além da questão sentimental em que o escudo funcionava como símbolo pátrio, e um dos símbolos mais visíveis da nossa soberania, o euro agravou, de um dia para o outro, os custos de vida dos Portugueses. Em muitos casos superando hoje os 100%. Não teria sido possível outro cenário? Claro que sim! Mas uma vez mais, apressadamente, os políticos do sistema quiseram fazer boa figura face a Bruxelas. Os Portugueses e a sua vida não foram preocupação quando tal se decidiu. Cremos que é, pois, tempo de dizer basta. Morto, ou pelo menos moribundo o euro, símbolo maior destes federalistas, a morte da entidade que lhe deu ser ocorrerá inevitavelmente. Cabe-nos pois preparar cuidadosamente a saída deste logro em que nos meteram e evitarmos assim mal maior no futuro. A falácia da moeda única chegou ao fim e não devemos continuar a aceitá-la, pois conduziu-nos à perda da soberania em termos de política cambial, não comportou quaisquer benefícios para os cidadãos portugueses, e revelou-se ao mesmo tempo incapaz de enfrentar o dólar ou outras divisas concorrentes.
Expectativas relativamente aos resultados eleitorais?
Não obstante os condicionamentos existentes em Portugal, asfixia financeira aos partidos que nada recebem do Estado, silenciamento habitualmente imposto, etc., estamos certos que o PNR conhecerá um crescimento sustentado nas próximas eleições europeias.Este regime de corrupção e de ilusões está falido. Demonstra-o a realidade, para aqueles que ainda tinham dúvidas. Só um novo futuro e um novo regime permitirá resgatar Portugal. O PNR conta com os Portugueses para erguer um novo Portugal!