1º de Maio de 2006 | Discurso de Nuno Bispo
«Nação e Trabalho»!
Estas são as duas palavras que compõem o actual lema do Partido Nacional.
Trabalho porque é uma necessidade e um dever de cada um de nós nas nossas vidas pessoais. É algo que a todos diz respeito e que todos nós nos preocupamos em procurar, manter ou melhorar para garatirmos o mínimo de possibilidade e qualidade das nossas vidas.
Todo o trabalho é uma honra. E é aqui que surge a Nação.
Porque no fundo, não trabalhamos só para nós próprios ou para alguém que nos paga um salário ou um serviço prestado. Trabalhamos porque somos elementos de uma máquina que compõem a estrutura da sociedade em que vivemos.
Porque somos humanos, temos uma sociedade á qual pertencemos.
Pertencemos porque temos algo em comum aos nossos semelhantes, aos nossos compatriotas:
> uma cultura,
> as nossas tradições,
> os nossos símbolos,
> a nossa forma de ser.
Temos a nossa Nação á qual por natureza e direitos herdados nós pertencemos. A Nação para a qual devemos trabalhar.
A Nação é a razão última porque todos nós trabalhamos. Não trabalhamos para aquecer, como se costuma dizer, nem porque não temos mais nada que fazer na vida.
É algo que nos trascende a todos, que nos é superior e que nós não controlamos. É o ponto convergente dos esforços dos nossos trabalhos.
Trabalhamos para satisfazer as necessidades da nossa Nação. Porque a todos os níveis a Nação precisa de ser satisfeita.
No sector primário, na agricultura e na pesca, para gerar subsistência alimentar.
No sector secundário, na industria e na transformação, para tornar a matéria prima em algo de concreto que possa satisfazer a necessidades de construção de casas, edificios, bens de toda a necessidade, electrodomésticos, enfim…
E no sector terciário, nos serviços, para que a sociedade possa estar estruturada e desenvolvida no serviços públicos, no comércio e todos os serviços necessários a uma Nação desenvolvida.
Infelizmente, a nossas actuais sociedades ocidentais não são tão humanadas como já foram outrora. Fruto de uma evolução histórica que culmina cada vez mais numa sociedade do capital, do dinheiro.
Isto é de tal forma grave, que tem vindo a mudar a propria estrutura e fundamentação de funcionamentos das nossas sociedades.
Como o capital é o objectivo, tudo o resto é inferiorizado ao nível do objecto, do desumano. Tudo e todos se compram ou vendem. A sociedade, as instituições, as empresas e as pessoas buscam o lucro mais do que a felicidade ou o bem-estar.
As empresas contratam os trabalhadores, não por serem melhores, mas por serem mais baratos e dar menos despesa. Daí a razão porque os imigrantes são mais atractivos que os portugueses e porque o desemprego aumenta cada vez mais em Portugal e na Europa.
As pessoas aceitam, às vezes, condições precárias de trabalho não porque gostam do serviço que fazem mas porque ganhar um mínimo que lhes atrai a compensar o desespero que têm na necessidade de simplesmente sobreviver.
As pessoas compram-se, as pessoas vendem-se… olhem, por exemplo, os jogadores de futebol que ás vezes tanto admiramos. Eles vendem-se, compram-se e para quê?
Por acaso é por algum serviço á Nação? Já nem sequer podemos dizer que seja por desporto ou por amor aquela ou á outra camisola. Vejam lá só, que até os clubes desportivos hoje são também sociedades financeiras, ás quais gostamos de lhes chamar SAD’s.
Tudo anda á volta do dinheiro, do capital.
Porque somos sociais, nacionais e livres estamos hoje aqui para celebrar o 1º de Maio!
Para lembrar que perante a Nação todo o trabalho é um direito e um dever e que todos os portugueses são iguais. Porque não pode haver luta entre as classes sociais; porque isso são lutas que dividem e enfraquem a Nação; são lutas sem glória e, no fundo, porque são guerras sem fim.
Sempre haverá ricos e menos ricos! Empregados e patrões! E ainda bem que assim é! Porque sem investimento e sem empresas, sejam elas grandes ou pequenas, não á emprego nem trabalho. E porque sem trabalhadores não há obra e não há riqueza.
Sem trabalho não há Nação! O trabalho é o esqueleto de uma sociedade e as pessoas é que constituem a força, os músculos desse corpo social que juntamente com os orgãos vitais das empresas e serviços públicos fazem jubilar a beleza e a humanidade de uma Nação.
Por tudo isto, não acreditamos nas ideias esquerdistas que exaltam o proletariado e alimentam a luta entre classes que divide os portugueses.
Por tudo isto, não acreditamos nas ideias das direitas que exaltam a importância do capital que fomenta á desumanização do mundo e prostitui os seres humanos deste mundo.
Porque não somos nem esquerdas nem de direitas, mas antes nacionais, sociais e livres hoje saímos á rua para dar mais uma vez a nossa cara e fazermos ouvir a nossa voz.
A nossa voz, que não faz mais do gritar sem medo e sem vergonha, o que muitos pensam em voz baixa e temem dizer ao parceiro do lado…
Permitam-me chamar a vossa atenção para aqueles que certamente não iram ser chamados á memória em nenhum comício político que se faça neste 1º de Maio.
Aqueles portugueses que cumprindo o ser dever á Nação, e muitos deles ainda com prazer, contribuem com o seu direito e dever de Trabalho Nacional.
Agentes da Polícia que morrem ao serviço de proteger a Nação, que somos afinal todos nós. Pessoas que zelam pela nossa segurança e que são mortos por imigrantes criminosos que além de não serem nenhuma valia para a Nação, ainda por cima, nem sequer são convenientemente punidos com ordem de expulsão do nosso país, mesmo após estes crimes a portugueses que trabalham com dignidade para proteger a todos nós.
São muitos os portugueses honrados que são mal retribuídos á dignidade do seu trabalho nacional.
No Porto, lixeiros municipais, que fazem um trabalho mais digno que qualquer um dos nossos que aqui estamos, que não é mais que manter as cidades e o país limpo do lixo que nós fazemos, são violentamente roubados por organismo publicos da Nação, como a Câmara Municipal, que pretende retirar o subsídio nocturno a quem trabalha á noite e está sujeito a tanta insegurança durante o seu trabalho…
…Tantos outros casos tinhamos nós para aqui contar….
Não me alongo mais e relembro porque estamos todos aqui:
Celebramos hoje o Dia do Trabalho Nacional!
Porque não acreditamos que o desenvolvimento da Nação se faz somente com o capital internacional, que tanto nos invade para explorar como anos depois nos abandona sem emprego na penúria, e porque não acreditamos que o desemprego e a morte lenta do nosso povo se combate com mais imigração, e que ambas estas razões nos destroem a nossa Nação e nos deixam numa tremenda crise social, hoje é o dia certo para dizermos:
Os portugueses estão em primeiro lugar!
Nação e Trabalho!
Portugal aos Portugueses!
Envolver-se!
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