Barroso prefere a UE federalista a Portugal
As declarações proferidas recentemente pelo presidente da Comissão Europeia Durão Barroso, no tocante à defesa do federalismo como panaceia para resgatar a União Europeia do estertor actual, merecem o repúdio liminar do Partido Nacional Renovador.
Na verdade, os aviltantes intuitos federalistas, deixados transparecer pelo, enquanto estudante, acérrimo militante maoista, estão em clara consonância e fazem jus ao seu passado juvenil de lutador convicto em prol do «internacionalismo».
Porém, enquanto líder do PSD, durante um colóquio em Almada, subordinado ao tema «A preparação de um Governo para o Século XXI – o novo modo de fazer política», no âmbito das «III Jornadas Francisco Lucas Pires», Durão Barroso, tinha afirmado que não era defensor de uma Europa federalista, porque se trata de um «modelo favorável aos países de maior peso económico, demográfico e político», considerando, ainda, que «Portugal deve resistir a qualquer reforma institucional que subvalorize o peso dos países mais pequenos no processo de decisão europeia».
Estamos perante rocambolescas mudanças de posição de Barroso, que vêm reforçar as pretensões federalistas do inefável Mário Soares, iberista intrépido que, amiúde, tem sustentado idêntica postura funesta.
Ora, a submissão de países periféricos de dimensão reduzida e de economia débil, ao poder centralizado de Bruxelas, é um mero sinónimo da aniquilação paulatina dos já ténues resquícios de soberania e independência de nações como Portugal.
Por seu turno, é sobejamente sabida, a hostilidade das instâncias comunitárias face a governos que coloquem em causa os ditames do famigerado «centrão», regido em sintonia com os cânones politicamente correctos.
Numa hipotética Europa federal, na eventualidade da subida ao poder de uma força política antagónica à cartilha oficial, não obstante ter sido sufragada pelos eleitores de um Estado federado, seriam de antever ingerências intoleráveis e iníquas, boicotes e sanções, similares às que visaram a Áustria no ano 2000, na sequência da entrada em funções de um governo legítimo, integrando elementos nacionalistas, aos quais foram atribuídas pastas ministeriais.
Uma nação com mais de oito séculos de história, que sedimentou a sua soberania na gesta heróica de milhares de portugueses que verteram o sangue pela pátria, jamais poderá embarcar em «aventuras federalistas».
Destoando das políticas de traição que têm sido levadas a cabo ao longo das últimas décadas, somente o PNR se bate com galhardia por um Portugal independente e próspero, numa Europa de Nações livres e soberanas.
Envolver-se!
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