Do Presidente aos Nacionalistas | Abril de 2013
Chegados a mais um mês de Abril, não pode deixar de me acorrer à cabeça, de modo especial, o Regime imposto neste mês, já lá vão 39 anos, e o cenário surrealista em que transformou a nossa Pátria.
Diria que somos afligidos por dois grandes males: a ameaça à Identidade, não só por via dos malefícios da Globalização, mas também pela ausência de investimento numa cultura genuinamente portuguesa e pela imigração invasora; e a ameaça à soberania, por via da ruína económica e do mundialismo. Mas esses dois males são culpa da classe dirigente que nos tem desgovernado ao longo destas décadas, bem como de milhões de Portugueses que são cúmplices dos erros dos governantes.
As promessas de Abril, que iludiram os incautos, afinal de contas não só falharam, uma a uma, como nos atiraram para um beco de dificílima saída. Primeiro, por via dos anos do PREC e do domínio da extrema-esquerda e comunistas, que arrasaram as estruturas produtivas e sociais deste país, e depois pelas políticas dos dirigentes neo-liberais, tecnocratas e eurocratas que entregaram o que somos e o que temos ao livre arbítrio estrangeiro. Só mesmo a apatia e alienação de muitos e muitos portugueses explica o estado de desgraça em que estamos mergulhados e a total impunidade e liberdade de movimentos desta classe dirigente, principal responsável pela situação.
Não é normal o genocídio moral, económico e nacional a que dirigentes sem escrúpulos votam este país, cavalgando a letargia colectiva que eles mesmos fomentaram para agirem à vontade, e assim recolherem benefícios pessoais e sectários.
É assim o país actual, surreal, de pernas para o ar, onde o incrível e o grotesco tomaram o lugar do sensato, avisado e natural.
Só o surrealismo, o masoquismo e o espírito suicidário, “explicam” termos um Sócrates a debitar enormidades em tempos de antena de luxo, sentado num estúdio da televisão pública, quando devia era estar sentado no banco de um Tribunal.
Só esse estado doentio da nação explica que as nossas reservas de petróleo estejam na Alemanha e as de gás em Espanha.
Só esta loucura demente, explica que o tão propalado espírito empreendedor seja castrado por uma burocracia indescritível que suga milhões, em dinheiro, e anos, em tempo, a quem se aventure a arriscar qualquer negócio.
Só a sofreguidão cega de um Estado triturador, o faz cair em cima de tudo o que mexe, penhorar para vender ao desbarato e utilizar a Polícia no trânsito como braço armado das Finanças.
Só o autismo agudo explica que a banca ponha e disponha de tudo e de todos, abusando das pessoas, mas depois, na hora do aperto, seja salva pelos impostos daqueles a quem maltrata.
Os exemplos poderiam suceder-se numa lista infindável de loucuras que teimam em ser dominantes, mesmo perante as evidências de desastre, como o não investimento na produção, a austeridade, a sangria da emigração, a permanência na zona Euro…
Este trágico estado de coisas tem responsáveis! Mas o pior nem é terem-nos trazido até aqui, embora isso já seja de uma gravidade de lesa-Pátria que carece de julgamento e punição. O mais grave é a continuação deste poder absoluto, blindado e em mãos erradas, persistindo-se assim no erro que nos precipita num poço sem fundo.
A impunidade dos responsáveis é de facto preocupante. Mas também o é a cumplicidade daqueles que deixam de agir, de lutar e de votar, bem como dos que teimam em votar sempre nos mesmos.
É inqualificável que se vote no PSD/CDS para destronar o PS, face ao horror do consulado Sócrates, esquecendo-se o outro horror que foi o de Durão Barroso, e que agora se fale em devolver a maioria ao PS para se correr com o horror de Passos Coelho. Mas afinal, grande parte dos portugueses sofre de memória demasiado curta? Ou será mesmo masoquismo?
Provavelmente, sofre de uma limitação que a impede de ver para além destes partidos de governo e dos outros dois comunistas, também eles da esfera do poder e decisão.
Existe a alternativa Nacionalista, cada vez mais urgente e essencial, mas oculta à imensa maioria dos Portugueses.
Com efeito, a culpa da perpetuação no poder da classe política que tão mal nos governa não pode ser imputada apenas às pessoas que têm medo ou preguiça de mudar e arriscar, preferindo esta morte lenta, mas também e sobretudo à comunicação social, que condiciona e manipula a opinião pública, atrofiando-a pela opinião que se publica. Ela omite e ignora quase por completo a existência do PNR e da sua actividade cada vez mais sólida e constante. Não que tema aquilo que hoje representamos, mas sim a força em que rapidamente nos tornaríamos se houvesse mais honestidade e menos hipocrisia no serviço que deveriam prestar. Muita trafulhice seria então descoberta, para pânico de certas forças obscuras ligadas ao Regime que controlam os grandes órgãos de comunicação social.
Assim, neste pântano surreal em que o Regime de Abril mergulhou a nossa Nação, a comunicação social (salvando-se honrosas excepções) não destoa em nada de tudo o resto. Mas, seja com a abertura ética dos média ou com o seu boicote cobarde, a verdade é que somos a alternativa, e iremos continuar a crescer paulatinamente. Isso está à vista e os frutos do nosso esforço são animadores!
José Pinto-Coelho | 16 de Abril de 2013
Envolver-se!
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