Quotidiano de um sistema político decadente: clientelismo e favorecimento pessoal
Um dos casos que mais despertaram as atenções da opinião pública portuguesa na passada semana, vem corroborar aquilo que o PNR diz desde há muito: que a 3ª República está podre e não tem emenda, sendo necessário evoluir para uma nova etapa da já longa História do nosso país. O caso em questão foi o ajuste directo decidido pela Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARS LVT) a favor da empresa POP Saúde – pertencente ao ex-Presidente do INEM, Miguel Soares de Oliveira, e sua esposa, Rita Abreu de Lima, chefe de gabinete do ministro Miguel Macedo.
Este episódio teria, logo à partida, os contornos necessários para se suspeitar fortemente de uma situação de corrupção ou favorecimento explícito e que carecia de urgente tomada de medidas, caso este tipo de políticas não fossem, à partida, típicas do modus vivendi que grassa na danosa gestão do nosso país.
Pouco tempo depois de este escândalo ter vindo a público, a chefe de gabinete citada apresentou a sua demissão. Contudo, fica a ideia clara de que, se a situação não tivesse sido descoberta e noticiada a tempo pela imprensa, tudo teria ficado no segredo dos deuses. Veja-se ainda que o valor do ajuste directo é de 74 390 euros, um pouco abaixo do valor máximo estabelecido para os ajustes directos, ou seja, por um valor ligeiramente superior já teria sido necessária a abertura de um concurso público.
De tudo isto resulta mais uma situação em que é implícito estarmos perante uma evidente e escandalosa maneira de favorecer os amigos do sistema, permitindo-lhes que criem empresas por mil euros uma semana antes de celebrarem contratos de muitos milhares ajustados directamente.
O Partido Nacional Renovador tem sido firme nas suas convicções contra a corrupção que mancha o plano político português. Insistimos que este regime já só pode piorar a situação do país, que é preciso uma nova forma de estar na política, com honra, espírito de missão e amor a Portugal e ao seu povo. Algo que estes filhos do regime nunca conseguirão alcançar, pois desde sempre que estiveram na política para se servirem a si próprios e não para servirem o País. Veja-se desde logo o caso do multimilionário Mário Soares (considerado o “pai” do actual regime), que acumula reformas e subsídios estatais nas fundações directa ou indirectamente controladas por ele. Mas os portugueses podem contar connosco: por muito negro que o panorama se apresente, o PNR insiste e insistirá sempre em mostrar que existe outra solução para Portugal!
Envolver-se!
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