Galp, futebol, cargos públicos: é fartar vilanagem!
Para ver um jogo de futebol, três Secretários de Estado do actual governo, aceitaram uma viagem paga pela Galp. As reacções do «não» fizeram-se esperar, tendo os partidos do alterne criticado as “borlas”, esquecendo os casos parecidos em que estão envolvidos muitos membros dos seus partidos e até mesmo os casos perfeitamente iguais envolvendo deputados do PSD e o empresário Joaquim Oliveira.
Os partidos à esquerda do PS têm feito «ouvidos de mercador», continuando a prostituir-se só para manter este governo no poder, esperando ainda conseguir fazer passar mais alguns pontos da sua agenda. Até o Presidente do Sindicatos dos Trabalhadores dos Impostos (candidato pelo BE no Distrito de Braga nas últimas eleições legislativas) veio a terreiro defender os membros do governo. Não fosse este governo apoiado pelo BE e pelo PCP, que mostram neste particular quem tem dois pesos e duas medidas para a mesma situação, e já teríamos manifestações por tudo quanto é canto, com muitos dos participantes transportados em autocarros, pagos pelas autarquias que dirigem.
Afinal, a diferença até é muita, já que algumas viagens são pagas por empresários e outras por todos nós, mas no entanto, pagas por um ou por outros. No final, a factura acaba sempre por ser assacada ao contribuinte.
Estes episódios mostram quão podre está este regime. Mostra que se vendem ou colocam a sua reputação em causa por uma “viagenzita” à espera, certamente, do “empregozito” que vão ter quando estiverem na oposição.
Não precisamos de Códigos de Ética, porque faz parte da atitude de quem tem cargos de gestão não receber, de quem quer que seja, prendas ou favores que mais tarde podem ser cobrados ou que podem colocar em cheque a imagem de quem dirige. Isto é válido para quem trabalha no sector privado e para quem está ou devia estar ao serviço da nação, em que as «cautelas e caldos de galinha» ainda devem ser maiores e tomados mais vezes.
Não podemos esperar nada de bom de quem toma estas atitudes, de quem as tenta branquear ou encobrir. A classe política que nos (des)governa segue os exemplos dos antecessores, daqueles que fizeram fortuna à custa dos lugares que ocuparam nos governos, nas autarquias, na administração pública.
Precisamos de gente que sirva a Nação, não de gente que se sirva dela. Precisamos de mão-dura para os muitos “casos”. Mão-dura significa, demissão imediata e penas agravadas quando se tratarem de crimes cometidos, enquanto detentores de cargos públicos.
Envolver-se!
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