Metro Bus ou Metro em(bus)te?
Numa manobra, claramente eleitoralista, o governo da geringonça, para resolver o problema do Metro Mondego, desenterrou a já velha proposta do Metro-Bus, já avançada no Governo Sócrates, no Governo PSD/CDS e agora, por que pintada de rosa choque a merecer a aprovação dos responsáveis das autarquias servidas pelo Ramal da Lousã, que outrora rejeitaram esta proposta.
É uma solução estranha e absurda, nunca antes apresentada na Europa. Por muito que a mostrem como moderna, confortável, prática e segura, não serve os interesses da população e ficará quase o dobro mais cara, do que electrificar e modernizar a linha, uma vez que o material circulante sobre carris está parado, à espera de uso ou de apodrecer com o tempo.
Além do facto de um autocarro só ter dez anos de vida útil, o comboio permite, em horas de ponta, atrelar mais composições, que diminui os gastos com pessoal.
A opção ferroviária permite também o crescimento da linha e num futuro próximo fazê-la chegar a Arganil, dando assim resposta a um anseio há muito defendido neste concelho.
Um autocarro nunca terá o conforto nem a fiabilidade dos transportes sobre carris; ninguém vai largar o automóvel para ir para um autocarro. Ou então parte-se do princípio que o transporte público só serve os pobrezinhos, idosos e crianças que não têm carta e não se contribui para diminuir o tráfego automóvel.
Lembramos que está decisão vai contra todas as recomendações aprovada na AR, que mostra que quando os interesses instalados falam mais alto, até a “democracia” metem na gaveta.
O PNR defende a solução ferroviária, por que menos poluente quando electrificada, por que mais segura, cómoda, mais barata e capaz de crescer. Comboios entre Coimbra e Lousã e depois transportes urbanos, consentâneos com horários de trabalho e interesses das populações.
Envolver-se!
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